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Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é definido como um transtorno de ansiedade resultante de um evento psicologicamente estressante que evoca medo extremo, desamparo ou horror. Esse evento está relacionado à morte, ameaça de morte, dano à integridade física ou mental ou lesão traumática e inclui experiência de combate, catástrofe natural, agressão física, estupro ou acidente grave.
O evento traumático e a tríade psicopatológica são características centrais do TEPT. Em resposta ao evento traumático, desenvolvem-se três dimensões de sintomas: o reexperimentar do evento traumático, a esquiva de estímulos associados e a presença persistente de sintomas de hiperestimulação autonômica.
Tontura, desorientação e/ou desequilíbrio postural são comuns entre veteranos com TEPT em ambientes como mercearias e shoppings. A etiologia destes sintomas é pouco compreendida e alguns atribuem à ansiedade ou lesão cerebral traumática. Contudo, existe a possibilidade de que o sistema vestibular danificado possa contribuir com estes sintomas.
A publicação da Plos One realizada por Haber e colaboradores foi a primeira que descreveu os sintomas relacionados a natureza vestibular em veteranos com e sem TEPT.
Os dados deste estudo mostraram que a ansiedade contribuiu minimamente nos sintomas de tonturas relatados por veteranos com TEPT. Os resultados indicaram que os veteranos com pior sintomas de TEPT reportaram aumento dos sintomas relacionados ao sistema vestibular. Além disso, veteranos com TEPT relataram 3 vezes mais tonturas relacionadas com a deficiência do que os veteranos sem TEPT.
Desta forma, observou-se possíveis evidências para a notificação de sintomas vestibulares em veteranos com TEPT, o que pode ser explicado por um possível comprometimento vestibular subjacente.
Veja também: ‘Diagnóstico e tratamento de TDAH na idade pré-escolar’
Referências:
- Haber YO, Chandler HK, Serrador JM. Symptoms Associated with Vestibular Impairment in Veterans with Posttraumatic Stress Disorder. PLoS One [Internet]. 2016;11(12):e0168803. Available from: https://dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0168803
Autoria

Juliana Festa
Graduação em Biomédica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, com aperfeiçoamento em Oncologia no Instituto Nacional de Câncer - INCA, pós-graduação em Tecnologia Industrial Farmacêutica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e mestrado pelo Programa de Farmacologia e Química Medicinal do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. Atualmente, faz parte do Programa de Doutorado em Ciência Médicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e atua como Analista de Projetos Sênior de uma consultoria em saúde.
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