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Psiquiatria4 abril 2017

TDAH: possivelmente autoimune?

Estudo investigou a associação entre uma história de doença autoimune e o risco de desenvolver transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Por Vanessa Thees

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Artigos publicados recentemente sugerem que as doenças autoimunes desempenham um papel na patogênese de diferentes distúrbios neurológicos. A partir dessa hipótese, um novo estudo investigou a associação entre uma história pessoal e familiar de doença autoimune e o risco de desenvolver transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Para esse estudo, pesquisadores analisaram 983.680 indivíduos nascidos na Dinamarca, acompanhados de 1995 a 2012. As informações sobre doenças autoimunes e TDAH foram obtidas a partir dos bancos Danish National Hospital Register e Danish Psychiatric Central Register.

No total, 23.645 crianças foram diagnosticadas com TDAH durante o período de estudo. A doença autoimune foi associada com um risco aumentado de TDAH por uma proporção de taxa de incidência de 1,24 (intervalo de confiança [IC] de 95%: 1,10 – 1,40).

A análise primária associou doença autoimune materna com TDAH na prole (taxa de incidência: 1,12; IC 95%: 1,06 – 1,19). Em geral, uma história paterna de doenças autoimunes não foi significativamente associada.

Nas análises exploratórias envolvendo 30 transtornos autoimunes selecionados, observou-se um risco aumentado de TDAH em crianças com história familiar de tireotoxicose, diabetes tipo 1, hepatite autoimune, psoríase e espondilite anquilosante.

Pelos resultados desse estudo, os pesquisadores concluíram que a história pessoal e materna de doença autoimune foram associadas com um risco aumentado de TDAH. A associação relatada por estudos anteriores entre diabetes tipo 1 e TDAH foi confirmada.

Veja também: ‘Diagnóstico e tratamento de TDAH na idade pré-escolar’

Referências:

  • Associations Between Autoimmune Diseases and Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: A Nationwide Study. Nielsen, Philip Rising et al. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry , Volume 56 , Issue 3 , 234 – 240.e1

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