A sibilância é o principal sintoma da asma e sua presença no início da vida, principalmente devido a infecções virais como rinovírus e vírus sincicial respiratório, é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doença persistente ou recorrente.
Bactérias como Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae, que fazem parte do microbioma, também estão associadas a sibilâncias e exacerbações agudas de asma. A remodelação das vias aéreas começa entre um e três anos, mesmo antes da inflamação
atópica ou de um diagnóstico de asma, sendo influenciada por defeitos genéticos e
respostas a estímulos ambientais.
Infecções virais repetidas podem perpetuar a hiper-responsividade das vias aéreas, e a sensibilização alérgica tende a agravar a inflamação. No entanto, nem todas as crianças que apresentam sibilância com infecções virais desenvolvem asma persistente, com múltiplos fatores como gravidade da doença, etiologia viral e sensibilização alérgica influenciando a persistência da doença.
Recentemente, a revista Pediatric Allergy and Immunology publicou um artigo interessante que resume o conhecimento atual e os avanços na epidemiologia das infecções virais e da
asma em crianças, descrevendo o impacto de cada agente individual e os mecanismos
envolvidos na transição da sibilância recorrente para a asma. A revisão explora os
aspectos fisiopatológicos e os mecanismos que podem contribuir para essa progressão na
infância.
Neste episódio, Roberta Esteves, pediatra e conteudista do Portal, comenta sobre os principais pontos dessa revisão publicada recentemente na Pediatric Allergy and Immunology.
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Tópicos abordados no episódio:
- Asma
- Microrganismos e sibilância
- Vírus sincicial respiratório, rinovírus e outros vírus
- Mecanismos de progressão da doença: indução viral de remodelação
- Respostas imunes antivirais e suscetibilidade de atópicos à infecção viral;
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Autoria

Roberta Esteves Vieira de Castro
Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra
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