A demência é um dos maiores desafios globais em saúde: a OMS estimou 55 milhões de pessoas afetadas em 2019 e projeta 135 milhões até 2050. Evidências mostram que corrigir 14 fatores de risco modificáveis poderia prevenir até 45% dos casos no mundo. Nesse contexto, o US POINTER trial avaliou se intervenções multidomínio em estilo de vida, já validadas pelo estudo FINGER, se mantêm eficazes em uma grande e diversa amostra norte-americana.
No ensaio clínico randomizado, 2.111 participantes de 60 a 79 anos foram acompanhados por dois anos, comparando uma intervenção estruturada (atividade física, dieta MIND, treino cognitivo e suporte clínico) com uma intervenção autoguiada. Ambos os grupos apresentaram melhora cognitiva, mas os resultados favoreceram a intervenção estruturada, reforçando a importância da adesão do paciente a programas de acompanhamento médico e multiprofissional. Esses achados têm implicações diretas para a saúde pública e mostram o impacto real que mudanças de estilo de vida podem trazer na prevenção da demência.
Neste episódio, Danielle Calil, neurologista e conteudista do Portal Afya, apresenta os resultados do US POINTER trial, estudo divulgado no Alzheimer’s Association International Conference (AAIC 2024), em Toronto, e publicado na revista JAMA.
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Tópicos abordados no episódio:
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Epidemiologia da demência: dados atuais e projeções
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Fatores de risco modificáveis identificados pela Lancet
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Estudo FINGER e a rede WW-FINGERS
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Estrutura e metodologia do US POINTER trial
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Comparação entre intervenção estruturada e autoguiada
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Resultados sobre cognição e adesão
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Pontos fortes e limitações do estudo
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Implicações práticas para saúde pública
Veja também: Demência: por que prevenir é mais eficiente do que tratar?
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