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Endocrinologia31 janeiro 2025

Impacto do sistema de recompensa na regulação do apetite

Entender como o cérebro regula o apetite e o papel do sistema de recompensa é crucial para desenvolver estratégias eficazes de tratamento

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Merck de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A obesidade é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a diversas comorbidades, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e várias formas de câncer.

Regulação do apetite

O apetite é regulado por um equilíbrio entre sinais homeostáticos e hedônicos. O sistema homeostático, mediado principalmente pelo hipotálamo, regula a fome e a saciedade com base nos níveis de energia do corpo. Hormônios como a grelina e o GLP-1 desempenham papéis cruciais nesse processo. A grelina, liberada quando o estômago está vazio, aumenta o apetite, enquanto o GLP-1, liberado após a ingestão de alimentos, promove a saciedade.

Sistema de recompensa

Além da regulação homeostática, o apetite é influenciado pelo sistema de recompensa, ligado ao prazer e à motivação de comer. O sistema mesolímbico, que inclui a área tegmental ventral (VTA) e o núcleo accumbens, é central nesse processo. A ingestão de alimentos, especialmente ricos em açúcar e gordura, libera dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer. Em indivíduos com obesidade, a resposta dopaminérgica pode ser alterada, necessitando de maiores quantidades de alimentos para obter o mesmo nível de prazer, contribuindo para a alimentação excessiva.

Impacto da obesidade na saúde

A obesidade está profundamente ligada a um aumento significativo no risco de várias condições crônicas, como hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Além disso, está associada a complicações psiquiátricas, como ansiedade, depressão e transtornos alimentares, incluindo o Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP).

Tratamento com Naltrexona e Bupropiona

A combinação de Naltrexona e Bupropiona oferece uma abordagem inovadora para o tratamento da obesidade, atuando em diferentes vias neurológicas que regulam o apetite e a motivação para comer. A Bupropiona é um antidepressivo que inibe a recaptação de dopamina e noradrenalina, estimulando os neurônios POMC no hipotálamo, associados à redução da ingestão alimentar e ao aumento do gasto energético. A Naltrexona é um antagonista opioide que bloqueia o efeito inibitório da β-endorfina nos neurônios POMC, amplificando a sinalização de saciedade.

Evidências clínicas

Estudos clínicos demonstraram que a combinação de Naltrexona e Bupropiona pode resultar em uma perda de peso significativa. Pacientes tratados com essa combinação mostraram uma redução de até 10% do peso corporal em comparação ao grupo placebo após 56 semanas. Além da perda de peso, foram observadas melhorias nos parâmetros cardiometabólicos, como a circunferência da cintura, níveis de triglicerídeos e a proporção LDL-C/HDL-C.

Considerações sobre o tratamento

O tratamento com Naltrexona e Bupropiona deve ser individualizado, considerando as características específicas de cada paciente, como comorbidades presentes e histórico de tratamentos anteriores. O monitoramento contínuo é essencial para ajustar as dosagens e garantir a eficácia a longo prazo, minimizando efeitos adversos e maximizando os benefícios terapêuticos.

Conclusão

A obesidade é uma doença complexa que exige uma abordagem multifacetada e personalizada. A combinação de Naltrexona e Bupropiona representa uma ferramenta valiosa no tratamento da obesidade, proporcionando eficácia na redução do peso e melhorias nos parâmetros de saúde. Profissionais de saúde devem considerar essa opção terapêutica para melhorar significativamente os resultados de seus pacientes.

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Referências bibliográficas

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