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Em muitos momentos na prática médica passamos por dúvidas nos diagnósticos e dificuldade em “fechá-los”. Uma das razões para que isso ocorra é que pecamos em não conhecer hipóteses mais incomuns e assim não enriquecemos nossas possibilidades. Um exemplo disso é a Aspergilose, que consiste em uma infecção subaguda e indolente que leva a um processo destrutivo do pulmão pela ação do fungo Aspergillus sp.
A transmissão ocorre pela inalação do fungo presente em poeira, restos orgânicos em putrefação, alimentos e sistemas de ventilação. Afeta, sobretudo, indivíduos de meia-idade e idosos. Os fatores de risco são:
- Doença pulmonar obstrutiva crônica
- Sequelas de tuberculose pulmonar
- Fibrose cística
- Ressecções pulmonares
Pneumoconioses - Estados de imunossupressão (quimioterapia, etilismo, desnutrição, diabetes mellitus, corticoterapia).
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A sintomatologia tem duração variável de um a seis meses e as queixas mais comuns são tosse, expectoração, emagrecimento, dor torácica e febre. Hemoptise e dispneia, também, podem estar presentes. O diagnóstico radiológico revela consolidações segmentares uni ou bilaterais, com ou sem presença de cavitação. A confirmação é feita por biópsia transbrônquica ou punções torácicas.
A terapêutica atual tem sido realizada com Itraconazol por tempo variável, a depender da resposta clínica e radiológica. A Anfotericina B é indicada nos casos em que houve falha ao uso de Itraconazol.
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Referências:
- Silva EFB, Barbosa MP, Oliveira MAA, Martins RR, Silva JF. RELATO DE CASO: ASPERGILOSE PULMONAR CRÔNICA. J Bras Pneumol. 2009; 35(1):95-98. Brasília (DF). Abril, 2008.
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