A doença pneumocócica, causada pelo Streptococcus pneumoniae, é uma das principais causas de morbimortalidade no mundo¹, especialmente entre adultos com 50 anos ou mais e pessoas com comorbidades preexistentes.1 Manifestações graves como pneumonia, meningite e infecções generalizadas no sangue (sepse) frequentemente levam à hospitalização e podem ser fatais.1 Indivíduos idosos e aqueles com doenças crônicas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), correm um risco consideravelmente maior de desenvolver essas formas graves.2,3 A vacinação é a estratégia preventiva mais eficaz contra a doença.1
Avanços nas vacinas pneumocócicas: A chegada da VPC20
No Brasil, existiam quatro tipos de vacina pneumocócicas inativadas e que diferem quanto ao seu poder imunogênico e aos sorotipos cobertos. A polissacarídica 23-valente (VPP23), que protege contra 23 sorotipos da bactéria, mas com imunidade de menor duração e induz resposta imunológica menos robusta.4 As conjugadas (como VPC10, VPC13 e VPC15) representam um avanço, por ligarem os polissacarídeos capsulares do pneumococo a uma proteína transportadora, o que induz uma resposta imune T-dependente mais forte, duradoura e com geração de memória imunológica.4
A vacina pneumocócica conjugada 20-valente (VPC20) é a mais ampla proteção em uma vacina pneumocócica conjugada,5,7,12,17 com componentes de 20 sorotipos diferentes do pneumococo, individualmente ligados a uma proteína transportadora (CRM197).5 Inclui os 13 sorotipos já cobertos pela VPC13 e adiciona 5 novos que são relevantes epidemiologicamente como causadores de doença em adultos.5,7,8 Uma vantagem clínica significativa da VPC20 é a administração em dose única, com exceção em bebês e crianças até menos de 2 anos, eliminando a necessidade de um esquema sequencial.5,16
Como toda vacina, podem apresentar reações leves e passageiras (como dor no local, febre baixa).5
Vacinas disponíveis no sistema público
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil oferece a VPC10 no calendário infantil. Por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), a VPC13 e a VPP23 são disponibilizadas para grupos de risco específicos.10,13 Para crianças, adultos e idosos nesses grupos, o esquema do CRIE geralmente envolve a VPC13 seguida pela VPP23.10
Recomendações atuais
Atualmente, a VPC20 não faz parte do calendário de rotina do PNI.13 As indicações do PNI/CRIE para crianças, adultos e idosos de risco continuam baseadas no esquema sequencial VPC13 + VPP23.10 No entanto, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) já atualizou suas recomendações, incluindo a VPC20. Para adultos com 50 anos ou mais e portadores de comorbidades entre 19 e 49 anos, recomenda preferencialmente a VPC20 em dose única.13,16 Para quem já foi vacinado antes, existem orientações sobre intervalos específicos antes de administrar a VPC20. 13
O médico desempenha um papel central ao educar o paciente sobre os riscos da doença e os benefícios da vacinação. A recomendação médica direta é um fator determinante para a aceitação da vacina, podendo elevar significativamente as taxas de vacinação.11
Saiba mais sobre a doença pneumocócica invasiva.
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PP-PNR-BRA-0162 – Julho/2025
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