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Saúde4 janeiro 2021

SUS terá novo tratamento para doença pulmonar obstrutiva crônica

SUS passa a utilizar a união LAMA/LABA para o tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

De acordo com o Ministério da Saúde, o SUS passa a utilizar uma nova combinação de medicamentos para o tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). São eles: broncodilatador antagonista muscarínico de longa ação (LAMA) + agonista beta2 adrenérgico de ação longa (LABA). Até então, somente o LABA era utilizado para o tratamento de DPOC no Sistema Único de Saúde. 

Os remédios aliviam sintomas da doença, melhoram a dispneia causadas pela inflamação e destruição dos alvéolos. Segundo a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec), os estudos comprovam a eficácia e segurança da união LAMA/LABA, sendo capaz de reduzir a frequência de picos de piora da doença. A nova opção de tratamento pelo SUS proporcionará bem-estar e qualidade de vida aos pacientes com DPOC. 

doença pulmonar obstrutiva crônica

DPOC: diagnóstico e tratamento

Considerada a quarta principal causa de morte no mundo e a terceira (entre as doenças crônicas não transmissíveis) no Brasil, a DPOC teve um aumento de 12% no número de mortes entre 2005 e 2010, representando quase 40 mil óbitos por ano. A doença é caracterizada por sintomas respiratórios crônicos, como tosse, dispneia, expectoração, entre outros e é causada, geralmente, pela fumaça do cigarro ou de outras substâncias. 

Diagnóstico: a limitação ao fluxo aéreo é detectada pela espirometria (relação entre VEF1/CVF <0,7), o diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crônica é confirmada. O VEF1 define a gravidade da limitação ao fluxo aéreo, podendo ser leve, moderado, grave e muito grave. Associada às outras informações (intensidade da dispneia, caquexia e capacidade funcional), é que temos o prognóstico do paciente.

Tratamento: inicialmente, a prevenção primária e secundária acontece através da redução do contato com o tabaco, poluição ambiental e domiciliar. A vacinação anti-influenza e antipneumocócica também são essenciais e devem ser incluídas no calendário de imunização do paciente

Já o tratamento medicamentoso, acontece com o uso de broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteroides e oxigenoterapia. Pacientes com sintomas leves, são recomendados broncodilatadores de curta ação, especificamente o salbutamol e o fenoterol. Para pacientes com doença moderada ou grave, recomenda-se o uso de broncodilatador de longa ação, como o salmeterol e o formoterol. Pacientes com sintomas controlados e menos que duas exacerbações por ano, há recomendação de prática de atividades físicas e broncodilatadores. 

Caso haja piora de sintomas ou mais exacerbações, torna-se necessário um tratamento especializado com associação de corticoides inalatórios.

Inserção do medicamento no SUS é um ganho notável

É importante destacar que o broncodilatador antagonista muscarínico de longa ação (LAMA) possui um alto custo em farmácias, o que dificultava o tratamento de pacientes que precisavam de cuidados para doença pulmonar obstrutiva crônica. Portanto, incorporação desta medicação ao SUS é um ganho não só para os pacientes, mas para os médicos que poderão receitá-lo como nova opção de tratamento.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED.

 

Referências bibliográficas: 

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