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Pneumologia8 maio 2024

Homocisteína como preditor do índice de apneia-hipopneia na AOS 

A apneia obstrutiva do sono (AOS) afeta quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e possui ligações com complicações cardiovasculares e neurocognitivas.  

Estudo publicado no European Archives of Oto-Rhino-Laryngology buscou investigar os efeitos que a concentração de homocisteína pode ter sobre a apneia obstrutiva do sono (AOS) e a possibilidade do exame de sangue com foco nessa substância ser utilizado como preditor de valores do índice de apneia hipopneia (IAH) e para cálculo de risco para AOS. 

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Método do estudo 

Os pesquisadores coletaram dados de 1.042 voluntários, de 20 a 80 anos de idade, através de polissonografia, questionários sobre qualidade do sono e saúde em geral e análises bioquímicas. Oito anos após a análise inicial foi realizada uma avaliação de seguimento em 715 desses voluntários. 

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Achados 

De acordo com os pesquisadores as concentrações de homocisteína foram preditoras para um índice de apneia-hipopneia elevado. 

Pessoas com homocisteína ≥ 15 µmol/L apresentaram um aumento no IAH de 7,43 eventos/hora quando comparadas àquelas com concentrações menores que 10 µmol/L.  

Pacientes com concentrações de homocisteína entre 10 µmol/L e 15 µmol/L também apresentaram um aumento, de 3,2 eventos/hora. 

Conclusão dos pesquisadores 

Para os envolvidos, os resultados encontrados sugerem que altas concentrações de homocisteína podem ser consideradas como um fator de risco para apneia obstrutiva do sono, predizendo sua gravidade, já que estariam relacionadas ao índice de apneia-hipopneia. 

Monica Levy Andersen, coordenadora da pesquisa, em entrevista para Agência Fapesp, declarou que “Ainda não sabemos se é a apneia que causa a elevação da homocisteína no sangue ou se é o nível aumentado desse aminoácido que agrava a apneia. Nossa hipótese é que seja uma correlação bidirecional. Seria interessante que mais médicos, de todas as especialidades, pedissem esse exame no check-up de pacientes acima de 40 anos. É algo simples e que não onera o SUS. E os resultados poderiam, no mínimo, fornecer mais informações sobre essa correlação”. 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

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Referências bibliográficas

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