Publicamos um quiz sobre um paciente que evoluiu com dor abdominal em 24 horas. . Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision vamos falar sobre a apresentação clínica da dor abdominal crônica em crianças.
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Anamnese
Deve-se inicialmente excluir causas orgânicas para a dor abdominal, originadas por natureza anatômica, infecciosa, inflamatória ou bioquímica.
Questionar sobre febre prolongada, perda de peso, queixas articulares, úlceras orais recorrentes, vômitos, disfagia, hematêmese, melena, disúria, hematúria, hábito intestinal, uso de medicações, história familiar, alergias.
Os pacientes com dor abdominal funcional, em geral, apresentam dor abdominal pouco localizada ou localizada na região periumbilical. Os episódios álgicos duram menos de uma hora, se resolvem espontaneamente e podem ser desencadeados por situações de estresse. A criança permanece bem entre os episódios, mas pode ter sinais de ansiedade ou depressão. Não existem sinais de alarme nesses pacientes.
Dispepsia funcional: Dor epigástrica ou periumbilical, plenitude prandial, náuseas, vômitos, regurgitações, eructações, pirose e distensão epigástrica. Todos os sintomas podem ser desencadeados pela alimentação.
Síndrome do intestino irritável (SII): Dor abdominal em cólica e sem irradiação, associada a alteração do hábito intestinal, diarreia ou constipação. A dor agrava-se durante as refeições e pode ser aliviada com evacuação ou liberação de flatos. Devem estar presentes as alterações no número das evacuações, alteração na consistência das fezes, defecação anormal, muco, flatulência ou sensação de distensão abdominal.
Enxaqueca abdominal: Dor periumbilical, que pode ser tão intensa a ponto de interromper atividades, inclusive de lazer. Dura de poucas horas a dias, e pode ser precedida por aura. Anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia unilateral, palidez e fotofobia podem acompanhar a dor.
Dor abdominal crônica funcional isolada: Dor abdominal aparece como sintoma isolado. Deve ocorrer pelo menos uma vez por semana, por pelo menos dois meses.
Síndrome da dor abdominal funcional: Mesmas características do grupo anterior, mas os episódios afetam suas atividades diárias e/ou apresentam outros sintomas associados à dor abdominal, como cefaleia, dor nos membros e dificuldade para dormir.
Exame Físico
Investigar desaceleração pôndero-estatural, atraso puberal, icterícia, palidez, distensão abdominal. Realizar exame físico completo, com aferição de sinais vitais e avaliação do estado geral do paciente.
Realizar o exame abdominal minuciosamente à procura de circulação colateral, palpação de massas, visceromegalias, dor à palpação e sinais de irritação peritoneal, doença perianal (fístula, abscesso e plicoma).
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