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A Síndrome mão-pé-boca (SMPB) costuma aparecer mais no dia-a-dia dos pediatras, mas também pode acometer adultos. Ou seja, quem trabalha em emergência também deve conhecer essa entidade para melhor condução dos casos e bloqueio da cascata de transmissão, uma vez que se trata de agentes infecciosos de fácil contágio.
A Sociedade Brasileira de Infectologia publicou no seu boletim de março informações sobre a SMPB e como proceder. Tal síndrome costuma ter como agentes etiológicos os grupos coxsackievirus, enterovírus e echovirus e, portanto, a mesma pessoa pode apresentar mais de uma vez quadro compatível. Normalmente as crianças menores de 5 anos de idade são as mais afetadas, mas adultos também podem ser acometidos.
Transmissão
A transmissão acontece pelo contato direto ou indireto com secreções de pessoas contaminadas (tosse, espirro, saliva etc) e fecal e oral.
Mão-pé-boca ou algo mais grave?
Manifestações clínicas
De 1 a 7 dias após o contágio, o quadro pode começar de forma inespecífica como um resfriado ou até como febre, mal-estar, enjoo, vômitos e diarreia. Depois da fase inicial é que costumam aparecer as manifestações típicas: úlceras orais dolorosas que dificultam a deglutição. Nas solas das mãos e pés, pequenas bolhas indolores com vermelhidão associada. Os quadros costumam ser autolimitados e a resolução ocorre em 7 a 10 dias.
Diagnóstico
No dia-a-dia das emergências pediátricas ou adultas, o diagnóstico é clínico. Existem exames laboratoriais para a pesquisa dos possíveis agentes etiológicos mas esses não são feitos rotineiramente.
Tratamento
São utilizados hidratação, anti-térmico/analgésico comum como suporte e, em alguns casos, pomadas para alívio das dores das lesões de orofaringe.
Prevenção
Higienizar as mãos e evitar contato próximo com crianças e adultos com manifestações da síndrome. Orientar pais e pacientes sobre as formas de transmissão para quebrar a cadeia de transmissão. Recomendar o afastamento temporário da escola e do trabalho. Lembrar que, dependendo do agente etiológico, este pode permanecer nas fezes por mais tempo que a duração da síndrome.
Referência:
https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/principal/2018/03/Boletim_SBI_Marco_2018.pdf
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