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Ortopedia17 novembro 2023

Pé torto congênito: conheça a abordagem do Whitebook!

O pé torto congênito (PTC) é a deformidade congênita dos ossos e articulações, com contraturas do pé e tornozelo.

Por Amanda Neves

O pé torto congênito é caracterizado por contraturas do pé e tornozelo. Tem etiologia multifatorial, é mais comum em meninos e em 50% dos casos é bilateral.

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São deformidades características: equino, cavo e varo, com adução da sua parte anterior. Tais alterações não são corrigidas de modo passivo, sendo o grau de rigidez variável em cada paciente. Ademais, apesar de indolor pode causar desconforto com o início da marcha.

No que concerne à classificação, pode ser idiopático (maioria dos casos), postural (decorrente do posicionamento intrauterino) e sindrômico (associado à anomalias). Cabe destacar que o posicional não é um verdadeiro pé torto, sendo facilmente corrigido com a manipulação para uma posição adequada.

A terapêutica tem como objetivo obter um pé funcional, indolor e plantígrado e deve ser iniciada precocemente. A utilização de gesso é uma das formas corretivas mais usadas.

pé torto congênito

O tálus é a principal causa da deformidade, encontra-se diminuído e desviado plantar e medialmente. O calcâneo se apresenta em equino acentuado e em varo.

A articulação calcaneocuboide está subluxada medialmente. A talonavicular está luxada, com o navicular desviado medialmente e superiormente (articula com o maléolo medial). É o ponto básico da deformidade.

As estruturas capsulares mediais, posteriores e plantares estão retraí­das, e as laterais estão alongadas. O tendão de Aquiles apresenta uma inserção mais medializada no calcâneo.

O tendão tibial posterior é mais espesso e encurtado, gerando o varo do retropé e antepé.

Tabagismo, obesidade materna, história familiar, amniocentese e algumas exposições a inibidores seletivos da recaptação da serotonina são os fatores de risco mais elevantes associados a chances aumentadas de pé torto, com a história familiar representando o maior risco.

Embora a maioria dos casos sejam de ocorrência esporádica, foram relatadas associações genéticas com traço autossômico dominante com penetrância incompleta.

A elucidação dos fatores genéticos e das vias celulares subjacentes certamente aumentará nossa compreensão da fisiopatologia dessa deformidade.

Diagnóstico Diferencial

  • Pé torto postural;
  • Pé metatarso aduto varo;
  • Pé talo vertical. 

Leia mais: Gota e monoartrite aguda: confira os novos Clinical Drops!

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Referências bibliográficas

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