Pé torto congênito: conheça a abordagem do Whitebook!
O pé torto congênito (PTC) é a deformidade congênita dos ossos e articulações, com contraturas do pé e tornozelo.
O pé torto congênito é caracterizado por contraturas do pé e tornozelo. Tem etiologia multifatorial, é mais comum em meninos e em 50% dos casos é bilateral.
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São deformidades características: pé equino, cavo e varo, com adução da sua parte anterior. Tais alterações não são corrigidas de modo passivo, sendo o grau de rigidez variável em cada paciente. Ademais, apesar de indolor pode causar desconforto com o início da marcha.
No que concerne à classificação, pode ser idiopático (maioria dos casos), postural (decorrente do posicionamento intrauterino) e sindrômico (associado à anomalias). Cabe destacar que o posicional não é um verdadeiro pé torto, sendo facilmente corrigido com a manipulação para uma posição adequada.
A terapêutica tem como objetivo obter um pé funcional, indolor e plantígrado e deve ser iniciada precocemente. A utilização de gesso é uma das formas corretivas mais usadas.
O tálus é a principal causa da deformidade, encontra-se diminuído e desviado plantar e medialmente. O calcâneo se apresenta em equino acentuado e em varo.
A articulação calcaneocuboide está subluxada medialmente. A talonavicular está luxada, com o navicular desviado medialmente e superiormente (articula com o maléolo medial). É o ponto básico da deformidade.
As estruturas capsulares mediais, posteriores e plantares estão retraídas, e as laterais estão alongadas. O tendão de Aquiles apresenta uma inserção mais medializada no calcâneo.
O tendão tibial posterior é mais espesso e encurtado, gerando o varo do retropé e antepé.
Tabagismo, obesidade materna, história familiar, amniocentese e algumas exposições a inibidores seletivos da recaptação da serotonina são os fatores de risco mais elevantes associados a chances aumentadas de pé torto, com a história familiar representando o maior risco.
Embora a maioria dos casos sejam de ocorrência esporádica, foram relatadas associações genéticas com traço autossômico dominante com penetrância incompleta.
A elucidação dos fatores genéticos e das vias celulares subjacentes certamente aumentará nossa compreensão da fisiopatologia dessa deformidade.
Diagnóstico Diferencial
- Pé torto postural;
- Pé metatarso aduto varo;
- Pé talo vertical.
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