Logotipo Afya
Anúncio
Pediatria8 abril 2017

Legalização da maconha nos EUA e aconselhamento de pais e adolescentes

A AAP lançou no mês de março algumas recomendações a respeito do aconselhamento de pais e adolescentes sobre o uso recreacional e medicinal da maconha.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A Academia Americana de Pediatria (AAP) lançou no mês de março algumas recomendações a respeito do aconselhamento de pais e adolescentes sobre o uso recreacional e medicinal da maconha. Há pouco tempo, alguns estados norte-americanos modificaram suas políticas de legalidade da droga, modificando assim o acesso e a disponibilidade dela para o público geral. Esse contexto gera preocupação das sociedades de pediatria quanto aos possíveis efeitos colaterais do uso da maconha em crianças e adolescentes, além de outros efeitos indesejados através da exposição das crianças e adolescentes pelo uso por seus cuidadores.

Embora a legalização da maconha recreacional tenha sido estipulada para acima de 21 anos de idade, a AAP apresenta preocupações com a indevida exposição dos adolescentes à droga. Além disso, a legalização pode afetar o uso entre o público adolescente pela redução da percepção do risco com o uso da droga, ou através da publicidade da droga legalizada, que embora voltada para o público mais velho, pode atingir pessoas de menor idade.

As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe o aplicativo #1 dos médicos brasileiros. Clique aqui!

Os efeitos colaterais do uso da maconha em crianças e adolescentes são bem documentados pela literatura. Dentre eles, podemos citar: prejuízo na memória de curto prazo, na atenção, na concentração e nas habilidades de resolução de problemas; alterações no controle motor, coordenação, julgamento e tempo de reação; alterações pulmonares relacionadas ao fumo da maconha; e desencadeamento de transtornos psiquiátricos, como psicose e depressão.

A AAP vê o pediatra como componente fundamental para reduzir a percepção que o adolescente tem da maconha como benigna, bem como para orientação de pais que fazem uso recreacional da maconha, alertando-os das possíveis consequências negativas para seus filhos (ingestão, fumo passivo).

Mais da autora: ‘Controle glicêmico rigoroso em UTI em pacientes pediátricos graves é benéfico?’

Dessa forma, a AAP sugere:

  • Realização de rastreio rotineiro do uso da maconha em pré-adolescentes e adolescentes.
  • Estratégias de motivação para aqueles adolescentes que não fazem uso da droga para que permaneçam nessa situação.
  • Estratégias para aqueles que fazem uso rotineiro da droga parem o consumo, ou ao menos consigam reduzi-lo.
  • Estratégias de proteção para aqueles que fazem uso da droga, como orientações sobre o perigo de condução de veículos sob efeito da droga.
  • Orientação dos pais sobre os perigos da exposição à droga, mesmo que passivamente.

Clique aqui para acessar as recomendações.

Referência:

  • Ryan SA, Ammerman SD. AAP COMMITTEE ON SUBSTANCE USE AND PREVENTION. Counseling Parents and Teens About Marijuana Use in the Era of Legalization of  Marijuana. Pediatrics. 2017;139(3):e20164069.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Pediatria