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Pediatria27 outubro 2022

Estudo avalia número de acidentes envolvendo patinetes elétricos entre crianças

Um estudo avaliou o espectro de lesões relacionadas a patinetes elétricos em pacientes pediátricos em emergências no período de 2011 a 2020.

Com o surgimento de patinetes elétricos (e-scooters) como uma forma popular de mobilidade, a incidência de lesões relacionadas a esse meio de transporte aumentou. Até o momento, nenhum estudo havia avaliado os padrões de lesões por e-scooters em crianças. A conscientização desses padrões de lesões é necessária para informar com mais precisão as políticas públicas e sua prática segura.

Leia também: Qual a epidemiologia das lesões causadas por patinetes elétricos?

Estudo avalia número de acidentes envolvendo patinetes elétricos entre crianças

Metodologia

Apresentado pelo Dr. Harrison Hayward (Children’s National Hospital – Washington, D.C.), estudo foi realizado um estudo com dados referentes a casos de lesões pediátricas por e-scooters coletados por meio do National Electronic Injury Surveillance System (NEISS), um banco de dados federal americano que coleta informações não identificadas sobre lesões relacionadas a produtos de consumo relatados por mais de 100 hospitais nos Estados Unidos.

Pacientes de 0 a 18 anos foram identificados por codificação diagnóstica dentro do banco de dados e analisados ​​estatisticamente. Os dados de interesse incluíram idade do paciente, tipo de lesão, parte(s) do corpo envolvida(s), disposição e ano da lesão.

Resultados

Foram identificados 1.446 pacientes. A média de idade no momento da lesão foi de 11,1 anos e 858 (59,3%) eram crianças do sexo masculino. O grupo de partes do corpo mais comumente lesionado foi a extremidade superior (495 – 34,23%). Um total de 1.318 (91,1%) recebeu alta e 102 (7,1%) foram admitidos para internação hospitalar. Não houve relato de óbitos. Dos pacientes admitidos, o diagnóstico primário mais comum foi fratura (57 – 55,9%). Ao longo do período do estudo, a proporção de pacientes que necessitaram de internação aumentou de 4,17% em 2011 para 12,92% em 2020. A proporção do total de pacientes por ano com 13 a 18 anos de idade aumentou de 19,17% em 2011 para 41,67% em 2020.

Saiba mais: AAP 2022: Revisão avalia lesões comuns em quedas de bicicleta

Conclusão

O Dr. Hayward e sua equipe concluíram que lesões pediátricas por patinetes estão aumentando. Usando o requisito de internação hospitalar como substituto para a gravidade das lesões, as lesões estão se tornando mais graves. A relevância desse estudo é que os dados podem ajudar a orientar os pediatras e informar os formuladores de políticas na abordagem da prática segura de e-scooter para a população pediátrica.

Autoria

Foto de Roberta Esteves Vieira de Castro

Roberta Esteves Vieira de Castro

Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra

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Referências bibliográficas

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