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Neste dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, data criada em 2006 pela organização Down Syndrome International a fim de conscientizar a sociedade para a inclusão da pessoa com síndrome de Down e dar visibilidade ao tema.
No Brasil, de acordo com o último censo do IBGE de 2010, estima-se que há 300 mil pessoas vivendo com a síndrome de Down e, ainda segundo os dados do recenseamento demográfico, a prevalência da Síndrome de Down é de um a cada 700 nascimentos no pais.
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Nossa equipe do Portal PEBMED entrevistou a médica pediatra Anna Paula Baumblatt, coordenadora do ambulatório multidisciplinar de síndrome de Down do Hupe/UERJ e integrante do comitê científico da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD). Baumblatt explicou como é a abordagem do médico às crianças que vivem com a síndrome.
Como detectar os primeiros sinais da síndrome de down?
O diagnóstico da síndrome de Down pode ser realizado durante a gestação ou após o nascimento , ainda na maternidade o q ocorre em aproximadamente 90% dos casos. Na gestação, é detectada pelo exame de sangue direto ou através de sinais indiretos como a translucência nucal e ultrassonografia morfológica.
Após o nascimento pelo exame clínico, com confirmação laboratorial pelo cariótipo, exame genético que detecta a síndrome de down. O exame de sangue direto é feito por volta da oitava semana de gestação , através da pesquisa do DNA fetal no sangue materno, mas ainda não é acessível para a maioria da população.
Como os orientar os pais no cuidado da criança com Síndrome de Down?
A criança com síndrome de down é uma criança como outra qualquer. Precisa de afeto e cuidados.
Como o médico pode fazer acompanhamento da criança com Síndrome de Down?
A criança com síndrome de Down tem algumas particularidades clínicas que o médico assistente precisa estar atento. Para começar podemos citar a forma como a notícia é transmitida aos pais. O momento da notícia. Faz toda a diferença na vida da família.
Não nasce só a criança. Nasce uma mãe , um pai, uma tia de uma criança com deficiência mas com inúmeras possibilidades se receber oportunidades. A síndrome de down não impede que a pessoa tenha uma vida ativa com autonomia, produtiva e feliz.
Quais são as práticas/técnicas mais recomendadas para auxiliar o desenvolvimento motor e cognitivo do paciente com a síndrome?
Após o nascimento e os primeiros exames e cuidados médicos. E após a família estar mais tranquila em relação ao diagnóstico e o que representa ter uma criança com síndrome de Down na família damos início as terapias de estimulação essencial precoce, o que vai potencializar todas as capacidades adaptativas da criança, como fonoaudiologia, com estímulo à amamentação e correção dos distúrbios de deglutição, e fisioterapia para auxílio na aquisição dos marcos motores.
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