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A desregulação de metais, que são críticos para o neurodesenvolvimento, no início da vida tem sido documentada no transtorno do espectro autista (TEA). Pensando nisso, pesquisadores realizaram um estudo para testar se as concentrações de zinco e cobre são afetados no TEA. Os resultados foram publicados no final de maio, na revista Science Direct.
Para elaborar um modelo preditivo que distinguisse participantes que seriam diagnosticados com TEA na infância dos que não desenvolveriam o transtorno, os autores utilizaram novos biomarcadores de matriz dentária, que medem diretamente a captação de elementos. As descobertas foram replicadas em três estudos independentes nos Estados Unidos e no Reino Unido, totalizando 193 participantes.
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Em todos os conjuntos de estudos independentes e na análise combinada, os ciclos do metabolismo do zinco e cobre foram interrompidos nos casos de TEA. Em contraste com os controles, a duração (P <0,001), a regularidade (P <0,001) e a complexidade do ciclo foram menores (P <0,001). Os pesquisadores obtiveram 90% de precisão na classificação de casos e controles, com sensibilidade ao diagnóstico de variando de 85 a 100% e especificidade variando de 90 a 100%.
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que os ciclos do metabolismo do zinco e do cobre nas camadas dos dentes de leite podem ser capazes de prever quais crianças desenvolverão o transtorno do espectro do autismo.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Curtin P, et al “Dynamical features in fetal and postnatal zinc-copper metabolic cycles predict the emergence of autism spectrum disorder” Science Advances 2018; DOI: 10.1126/sciadv.aat1293.
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