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Pediatria24 janeiro 2017

Anestésicos e sedativos têm efeito negativo no desenvolvimento cerebral de crianças?

A U.S. Food and Drug Administration alertou sobre os riscos do uso de anestésicos e sedativos em crianças abaixo de 3 anos e em gestantes no 3º trimestre.

Em dezembro, a U.S. Food and Drug Administration (FDA) lançou uma nota para profissionais de saúde e pais alertando sobre os riscos do uso de anestésicos e sedativos em crianças abaixo de 3 anos de idade e em gestantes no terceiro trimestre de gestação.

Observações em estudos com animais e crianças sugerem alterações comportamentais e de aprendizado com o uso duradouro (maior que 3 horas) e repetido de algumas medicações, devido ao efeito negativo no desenvolvimento cerebral. Crianças com uso esporádico e limitado dessas medicações não aparentam apresentar esses problemas, embora outros estudos devam ser realizados para conclusões mais definitivas.

Mais da autora: ‘Como o sono pode reduzir os sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade’

As medicações descritas pela nota incluem: desflurano, etomidato, halotano, isoflurano, cetamina, lorazepam injetável, metohexital, midazolam injetável, pentobarbital, propofol e sevoflurano. Nos EUA, essas medicações passarão a apresentar avisos de alerta em seus rótulos.

O texto destaca que o manejo da dor é extremamente importante pelos seus efeitos negativos no sistema nervoso central de crianças, além da existência de procedimentos inadiáveis nesse período da vida. Por isso, é importante que profissionais de saúde e pais possam discutir e avaliar potenciais riscos e benefícios da realização de cirurgias e/ou procedimentos nessa faixa etária.

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Alguns exemplos de procedimentos que não devem ser postergados são cirurgias para: defeitos cardíacos graves, manejo de atresia de esôfago, obstrução ou invaginação intestinal, gastrosquise ou onfalocele, hérnias diafragmáticas, lesões pulmonares congênitas, estenose hipertrófica de piloro, correção de lábio leporino e fenda palatina, orquidopexias. Em gestantes, não se deve adiar realização de cirurgias para apendicite, retirada de vesícula biliar, ou tratamento de lesões traumáticas.

Referência:

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