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Ortopedia4 março 2024

Remoção de fragmentos de balas reduz infecções associadas às armas de fogo?

Um total de 81 pacientes foram submetidos à remoção do projetil no momento da fixação interna, enquanto 50 pacientes não.
Por Rafael Erthal
Um estudo retrospectivo realizado em um centro acadêmico de trauma de nível 1, investigou o impacto da remoção de fragmentos de projéteis retidos no sítio de fratura com a taxa de infecção relacionada a fraturas provocadas por ferimentos por armas de fogo de baixa velocidade de energia.  Das 2.136 fraturas incluídas inicialmente no estudo, 131 atenderam aos critérios de inclusão. Um total de 81 pacientes foram submetidos à remoção do projetil no momento da fixação interna, enquanto 50 pacientes não passaram por remoção do mesmo.   Leia mais: Quais são os desfechos relacionados às fraturas periprotéticas acetabulares? 

Detalhes do estudo 

Entre os pacientes que foram submetidos à intervenção cirúrgica, a redução aberta com fixação interna foi realizada em 55 casos e a osteossíntese intramedular foi realizada em 76 casos. A taxa geral de infecção profunda foi de 6,9% na coorte de 131 pacientes.   Nesta amostra a remoção dos projéteis teve um impacto estatisticamente significativo na redução da taxa de infecção profunda quando comparada ao grupo no qual a remoção não foi realizada (p = 0,031). No grupo de remoção, apenas dois pacientes (2,4%) desenvolveram infecções profundas, enquanto no grupo sem a remoção, sete pacientes (14,0%) desenvolveram infecção profunda.

Resultados

Os achados deste estudo sugerem que a remoção de projéteis de arma de fogo pode reduzir o risco de infecção em fraturas. Provocadas por armas de fogo de baixa velocidade de energia e destaca a importância da consideração individualizada por parte do cirurgião para decidir sobre a remoção ou não desses fragmentos durante abordagens cirúrgicas realizadas para a fixação óssea.  Leia ainda: Fixação com ou sem enxerto para retardo de consolidação estável do escafoide? 
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Referências bibliográficas

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