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Cirurgia29 agosto 2023

Qual o mínimo necessário de ponte óssea para liberação após fraturas do escafoide?

No geral, fraturas do escafoide com uniões parciais de 90% a 30% demonstraram um aumento pequeno e gradual na chance de refratura.

As fraturas do escafoide são comuns em adultos jovens com o tratamento conservador podendo ser instituído nos casos sem desvio e realizado com imobilizações por longos períodos até a consolidação. Ainda é controversa a porcentagem de ponte óssea necessária para liberar a mobilidade sem risco de refratura com alguns estudos advogando 50%, outros, 75% ou ainda 25%. 

Saiba mais: Quais são os fatores mais associados a pseudartrose de fraturas de fêmur distal?

Qual o mínimo necessário de ponte óssea para liberação após fraturas do escafoide?

Qual o mínimo necessário de ponte óssea para liberação após fraturas do escafoide?

Novo estudo 

Foi publicado esse mês na revista Bone and Joint Open um estudo desenvolvido em Leicester por meio de avaliação de inteligência artificial com o objetivo de avaliar o risco de refratura em três padrões comuns de fraturas do colo do escafoide com diferentes proporções de união parcial. 

Métodos 

A variante anatômica mais comum do escafoide foi modelada a partir de uma tomografia computadorizada de uma mão e punho saudáveis usando o freeware 3D Slicer. Este modelo foi carregado no COMSOL Software para permitir a aplicação de aprimoramentos fisiológicos. Três padrões comuns de fratura do colo foram produzidos seguindo a classificação de Russe.  

Cada fratura teve diferentes estágios de cicatrização, variando de 10% a 90% de união parcial, com incrementos de 10%. Foi aplicada uma força fisiológica de 100 N atuando no polo distal, com o risco de refratura sendo avaliado. 

Resultados 

No geral, fraturas com uniões parciais de 90% a 30% demonstraram um aumento pequeno e gradual na chance de refratura em todos os padrões estudados (16,0 MPa a 240,5 MPa). Diferentemente, todos os padrões de fratura mostraram um maior aumento da chance de refratura quando houve de 30% a 10% de união parcial (680,8 MPa para 6.288,6 MPa). 

Leia também: Dosagem ideal de gabapentinoides no perioperatório de cirurgias de coluna?

Conclusão 

O estudo mostrou que 30% de união é suficiente para retornar à função normal da mão e do punho em todos os três padrões de fratura. Tanto a união de 50%, quanto a de 75%, são desnecessárias e aumentam o risco de rigidez pós-fratura. 

 

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Referências bibliográficas

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