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Ortopedia31 julho 2024

Placas bloqueadas versus haste intramedular na fixação de fraturas da tíbia  

Metánalise comparou as técnicas para fraturas do terço proximal da tíbia sem extensão articular ou com extensão articular simples para o planalto tibial
Por Rafael Erthal

As fraturas proximais do terço superior da tíbia com traços extra-articulares são lesões complexas que requerem técnicas de fixação tecnicamente difíceis para otimizar a recuperação. Um estudo publicado recentemente comparou os resultados das técnicas de fixação com placas bloqueadas (PB) e com haste intramedular (IM) para o tratamento dessas fraturas. 

O estudo em questão realizou uma metánalise utilizando as bases de dados PubMed e Ovid MEDLINE. Foram incluídos estudos que compararam as técnicas utilizando PB e IM para fraturas do terço proximal da tíbia sem extensão articular ou com extensão articular simples para o planalto tibial, com um mínimo de um ano de acompanhamento clínico e radiográfico. 

Placas bloqueadas versus haste intramedular na fixação de fraturas da tíbia  

Imagem de kjpargeter/freepik

Extração de dados

Os desfechos avaliados incluíram a duração da operação, amplitude de movimento pós-operatório do joelho (ADM), resultados de consolidação (tempo para união, não união, consolidação viciosa, retardo de consolidação) e incidência de complicações pós-operatórias (infecção superficial e profunda, intervenção cirúrgica secundária, síndrome compartimental). 

Leia também: Há vantagem na fixação minimamente invasiva das fraturas de rádio distal?

Análise dos Dados: foram conduzidas metánalises de efeitos aleatórios separadas para cada desfecho. Para dados categóricos, foram utilizados riscos relativos, enquanto a diferença média padronizada foi usada para variáveis contínuas, com intervalos de confiança de 95%. 

Resultados 

Foram incluídos sete estudos que relataram os resultados de 319 pacientes tratados com PB e 300 tratados com IM. A fixação com IM teve um tempo significativamente menor para união (p = 0,049) e menor risco de infecção superficial (p = 0,028). No entanto, a PB conferiu um risco significativamente menor de consolidação viciosa (p = 0,017) e síndrome compartimental pós-operatória (p = 0,018). 

Conclusão: fixação de fraturas da tíbia  

A fixação com IM demonstrou um tempo significativamente mais curto para união e menor risco de infecção superficial ao tratar fraturas proximais extra-articulares da tíbia, enquanto a fixação com PB demonstrou um risco significativamente menor de má união e síndrome compartimental pós-operatória. Embora resultados bem-sucedidos possam ser alcançados com boa técnica em ambas as fixações utilizando PB e IM, existe um perfil significativo de complicações associado a essas fraturas, independentemente da escolha do método de fixação. 

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Referências bibliográficas

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