Placas bloqueadas versus haste intramedular na fixação de fraturas da tíbia
As fraturas proximais do terço superior da tíbia com traços extra-articulares são lesões complexas que requerem técnicas de fixação tecnicamente difíceis para otimizar a recuperação. Um estudo publicado recentemente comparou os resultados das técnicas de fixação com placas bloqueadas (PB) e com haste intramedular (IM) para o tratamento dessas fraturas.
O estudo em questão realizou uma metánalise utilizando as bases de dados PubMed e Ovid MEDLINE. Foram incluídos estudos que compararam as técnicas utilizando PB e IM para fraturas do terço proximal da tíbia sem extensão articular ou com extensão articular simples para o planalto tibial, com um mínimo de um ano de acompanhamento clínico e radiográfico.
Extração de dados
Os desfechos avaliados incluíram a duração da operação, amplitude de movimento pós-operatório do joelho (ADM), resultados de consolidação (tempo para união, não união, consolidação viciosa, retardo de consolidação) e incidência de complicações pós-operatórias (infecção superficial e profunda, intervenção cirúrgica secundária, síndrome compartimental).
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Análise dos Dados: foram conduzidas metánalises de efeitos aleatórios separadas para cada desfecho. Para dados categóricos, foram utilizados riscos relativos, enquanto a diferença média padronizada foi usada para variáveis contínuas, com intervalos de confiança de 95%.
Resultados
Foram incluídos sete estudos que relataram os resultados de 319 pacientes tratados com PB e 300 tratados com IM. A fixação com IM teve um tempo significativamente menor para união (p = 0,049) e menor risco de infecção superficial (p = 0,028). No entanto, a PB conferiu um risco significativamente menor de consolidação viciosa (p = 0,017) e síndrome compartimental pós-operatória (p = 0,018).
Conclusão: fixação de fraturas da tíbia
A fixação com IM demonstrou um tempo significativamente mais curto para união e menor risco de infecção superficial ao tratar fraturas proximais extra-articulares da tíbia, enquanto a fixação com PB demonstrou um risco significativamente menor de má união e síndrome compartimental pós-operatória. Embora resultados bem-sucedidos possam ser alcançados com boa técnica em ambas as fixações utilizando PB e IM, existe um perfil significativo de complicações associado a essas fraturas, independentemente da escolha do método de fixação.
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