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Ortopedia27 janeiro 2025

Manejo de lombalgia e torcicolo: estratégias para alívio da dor musculoesquelética

As causas de lombalgias e torcicolos, como reconhecer sinais de alarme, tratamentos disponíveis e mudanças no estilo de vida.

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Mantecorp Farmasa de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A dor lombar abrange um espectro de diferentes tipos de dor, como a nociceptiva (cuja causa mais comum é síndrome miofascial caracterizada pela contratura muscular e seguida pelos traumas), neuropática (que inclui as compressões nervosas das hérnias de disco ou protrusões discais) e nociplástica, ou não específica, que frequentemente se sobrepõe às duas primeiras. Isso acontece porque os elementos que compõem a coluna lombar (tecidos moles, ossos e articulações) são propensos a diferentes estressores, e cada um deles, sozinho ou em combinação, pode contribuir para a patologia.1

É a principal causa de incapacidade em todo o mundo, e apenas um pequeno número de pacientes tem uma causa bem definida, tais como uma fratura vertebral, malignidade ou infecção. Pessoas com empregos fisicamente exigentes, comorbidades físicas e mentais, fumantes e indivíduos obesos correm maior risco de relatar dor lombar, revelando a importância psicossocial.2

O nome torcicolo vem do latim torus (torcido) e collum (pescoço). Em adultos, a causa é o encurtamento do esternocleidomastóideo que causa uma postura anormal da cabeça e pescoço, inclinando a cabeça em direção ao músculo encurtado, enquanto gira o queixo para o lado oposto.3 Está incluído na gama de causas de dor cervical, tendo também influência da idade, atividade física e fatores psicossociais.4

O diagnóstico dessas patologias é clínico na maioria das vezes, porém há situações em que se faz necessária a realização de exames de imagem antes de se iniciar o tratamento medicamentoso.5 Os chamados red flags são os sinais de alarme que indicam a necessidade de solicitar um exame de imagem para o paciente. No total, podem ser contabilizados em torno de 46 sinais, e todos estão relacionados à possibilidade de fratura (por trauma, osteoporose ou uso de esteroides), malignidade, infecção e compressão nervosa (síndrome da cauda equina, por exemplo). Na emergência também é muito comum a solicitação de exame de imagem na visita do paciente com dor noturna, em repouso e que retorna em pouco tempo ao hospital.6

lombalgia

Tratamento

No tratamento agudo dessas condições, as classes de medicações mais utilizadas são os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), analgésicos (como dipirona e paracetamol) e os relaxantes musculares (ciclobenzaprina, carisoprodol). Uma revisão do ano passado (2023) da Cochrane demonstrou efeito moderado na melhora da dor com o uso de AINEs em lombalgias agudas, assim como efeito leve com o uso de relaxantes musculares.7 Uma outra revisão da Cochrane de 2020 já havia comparado os AINEs não seletivos (diclofenaco e cetoprofeno, por exemplo) com os inibidores seletivos da COX-2 (etoricoxibe e celecoxibe) sem diferenças significativas entre eles.8

Um estudo um pouco mais antigo demonstrou que os relaxantes musculares, principalmente ciclobenzaprina e carisoprodol obtêm bons resultados na ajuda ao controle da dor miofascial com doses que não levem a aumento de efeitos colaterais, como sonolência e cansaço.9 Da mesma forma, um ensaio clínico randomizado em seguida demonstrou sucesso do carisoprodol em comparação com placebo nessa patologia.10

Uma revisão de 2022 sugeriu a combinação de AINE e paracetamol no tratamento das síndromes miofasciais, como lombalgias e torcicolos em idosos. O mesmo estudo também sugeriu o uso de relaxantes musculares para a condição.11 Uma metanálise baseada em recomendações europeias também enumera uma lista de medidas não farmacológicas para ajuda na resolução da dor cervical e lombar, como aconselhamento e educação, terapia manual, fisioterapia e até psicoterapia ou tratamento multidisciplinar para subgrupos específicos.12

As terapias com exercícios já se demonstraram efetivas no tratamento das lombalgias crônicas.13 Dentre elas, o pilates é a de melhor resultado segundo uma revisão sistemática, com uma média de redução de 93% da dor e 98% da disfunção.14 Por definição, os princípios dos exercícios do pilates têm como base a centralização, concentração, controle, precisão, fluxo e respiração.15

 

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Referências bibliográficas

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