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Ortopedia18 abril 2024

Fatores para alta taxa de readmissão pós-tratamento de fraturas do fêmur proximal

Um estudo avaliou o risco de readmissão não planejada devido a complicações após osteossíntese ou artroplastia nas fraturas proximais do fêmur.

Com o envelhecimento da população, a incidência de fraturas da região proximal do fêmur tem aumentado em todo o mundo. Os pacientes em questão são, na maioria das vezes, portadores de múltiplas comorbidades e candidatos a uma série de complicações pós-operatórias como insuficiência cardíaca, insuficiência renal aguda, pneumonia, infecção urinária, dentre outras. 

Dessa forma, há um aumento de chance de reinternação desses pacientes dias após a alta, onerando ainda mais os sistemas de saúde. Foi publicado esse mês na revista “Bone and Joint Open” um estudo com o objetivo de avaliar o risco de readmissão não planejada em 30 dias e 1 ano devido a complicações em pacientes submetidos à osteossíntese ou artroplastia nas fraturas proximais do fêmur analisando as causas e investigando associações entre fatores demográficos e as taxas de readmissão. 

Mullher com Leaky Gut Syndrome com as mãos apoiadas sobre a barriga

O estudo

Foram selecionados 11270 pacientes submetidos a síntese ou artroplastia do fêmur proximal após fraturas entre janeiro e dezembro de 2021 em hospitais austríacos de acordo com uma base de dados nacional. As variáveis foram data de admissão hospitalar, tamanho do hospital (definido pelo número de artroplastias endoprotéticas e osteosínteses anualmente realizadas), idade do paciente no diagnóstico de fratura, lateralidade, tipo de cirurgia, duração da internação (em dias), data de readmissão (em meses e anos) e causa de readmissão (Baseado na CID-10). 

As taxas de readmissão em 30 dias e um ano devido a qualquer complicação foram de 15% e 47%, respectivamente. A taxa de readmissão em 30 dias (p = 0,001) foi maior em artroplastia comparado com osteossíntese, fato não observado na taxa de readmissão em um ano (p = 0,138). Motivos clínicos (n = 2.273 (20%)) e complicações associadas à cirurgia/lesão (n = 1.612 (14%)) foram os motivos mais comuns para a readmissão em um ano.  

Independentemente do procedimento, o sexo masculino foi significativamente associado a maior risco de readmissão, assim como a complicação por causa clínica. A idade avançada foi significativamente associada a maior risco de readmissão após a osteossíntese. Em ambas as coortes, tratamento em hospitais de médio porte foi significativamente associado a menor risco de readmissão devido a qualquer complicação, enquanto o tempo de permanência prolongado foi associado a uma maior readmissão em um ano. 

Leia também: Influências na mortalidade em fraturas periprotéticas ao redor do joelho?

Conclusão

O estudo demonstrou que pacientes mais idosos e mais propensos a complicações clínicas possuem maior chance de readmissão. Visto isso, é interessante que esses pacientes sejam bem compensados por avaliações seriadas pós cirurgia e antes da alta hospitalar.

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Referências bibliográficas

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