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Oncologia10 outubro 2016

Outubro Rosa: quando o risco de linfedema é maior?

Vamos falar hoje sobre uma questão que preocupa muitos pacientes e médicos: quando podemos considerar que não há mais risco para linfedema?

Por Vanessa Thees

Para dar sequência aos nossos artigos sobre câncer de mama e o Outubro Rosa, vamos falar hoje sobre uma questão que preocupa muitos pacientes e médicos: quando podemos considerar que não há mais risco para linfedema?

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Para ajudar pacientes e médicos com essa questão, pesquisadores realizaram um grande estudo de coorte para determinar qual é o período de maior risco e quando é seguro dizer que não há mais perigo.

A equipe analisou a incidência cumulativa em 1.495 pacientes, atendidos entre 2005 e 2016 em um programa de rastreio de linfedema.

Veja também ‘Outubro Rosa: revisão dos fatores de risco para o câncer de mama’

Conclusões:

Os pacientes foram divididos em grupos, de acordo com o tratamento para câncer de mama que receberam. Para os participantes que fizeram cirurgia, o tempo que levou para chegar a 5% de incidência cumulativa foi de 32 meses; para o grupo que fez cirurgia + terapia de radiação, o tempo foi de 15 meses (P = 0,02).

Pacientes que receberam radiação de linfonodos regionais atingiram a incidência de 5% em apenas 6 meses vs. 37 meses para aqueles que receberam radiação local (P <0,0001). Segundo os pesquisadores:

  • O linfedema se desenvolve mais cedo em pacientes que recebem radiação, especialmente aqueles que receberam radiação de linfonodo regional.
  • Mesmo assim, foi possível identificar um pico de risco independente do tipo de tratamento de câncer de mama: entre 24 e 36 meses após a terapia.
  • O período de maior risco são os primeiros 3 anos. Se linfedema não se desenvolveu por 5 anos, então a probabilidade de acontecer é mínima.

E mais: ‘ANS propõe novo modelo de atendimento ao câncer’

Linfedema é uma fonte contínua de ansiedade para os sobreviventes do câncer de mama. Os pesquisadores esperam que com os resultados do novo estudo os pacientes possam ter algum alívio de ansiedade a respeito disso. As descobertas também podem influenciar quando os médicos devem chamar os pacientes para acompanhamento.

Esse mês, falaremos mais sobre o câncer de mama e o Outubro Rosa. Fique ligado!

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Referências:

  • American Society for Radiation Oncology (ASTRO) 2016 Annual Meeting. Abstract 1101. Presented September 27, 2016.

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