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Oncologia9 fevereiro 2017

Mamografia de vigilância em pacientes com câncer de mama – quando parar?

Mamografia de vigilância é recomendada para sobreviventes do câncer de mama. É possível interromper esse procedimento em algum momento da vida do paciente?

Por Vanessa Thees

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Cerca de 5% dos sobreviventes do câncer de mama desenvolverá um novo câncer durante os 5 anos após o diagnóstico, por isso, uma mamografia de vigilância anual é recomendada para aqueles com tecido mamário residual. É possível interromper esse procedimento em algum momento da vida do paciente?

As diretrizes específicas para vigilância em pacientes idosos são limitadas. Não existem dados prospectivos sobre os benefícios e os malefícios da mamografia nessa população, e a maioria das evidências provém de dados observacionais e retrospectivos, muitas vezes na população em geral.

Pensando nisso, pesquisadores fizeram uma revisão dos guidelines e publicações existentes para avaliar o risco subsequente de câncer de mama ipsilateral e contralateral em sobreviventes mais velhos em relação aos riscos e benefícios da mamografia de vigilância.

Na maioria das mulheres com tecido mamário residual, o risco de câncer de mama ipsilateral e contralateral foi < 10% em 10 anos; sendo ainda mais baixo (3% – 5%) entre aqueles que receberam tratamento com terapia endócrina e radiação. Dois estudos de mamografia e sobrevivência entre mulheres com ≥ 65 anos que receberam tratamento para câncer de mama em estágio I e II demonstraram reduções na mortalidade com mamografia subsequente.

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Com base nessa análise, os autores recomendam a mamografia anual ou bienal para sobreviventes saudáveis de 70 a 80 anos, com cessação após os 80 anos se a expectativa de vida for menor que 5 anos.

Estudos recentes mostraram que a mamografia pode refletir um overdiagnosis do câncer de mama. Como a maioria dos sobreviventes octogenários são mais propensos a morrer de outras comorbidades, parar a vigilância pode ser uma opção razoável, que deve ser discutida com cada paciente.

Veja também: ‘Moonshot 2020: a cura do câncer em 2020?’

Referências:

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