Câncer de cabeça e pescoço: veja os principais pontos da nova diretriz
A American Society for Radiation Oncology (ASTRO) publicou sua nova diretriz para o manejo do câncer de cabeça e pescoço.
Aproximadamente 70% dos casos recentes de câncer de cabeça e pescoço ocorrem em pacientes infectados pelo vírus do papiloma humano (HPV). A American Society for Radiation Oncology (ASTRO) fez uma revisão sistemática da literatura para publicar sua nova diretriz para o manejo da doença.
Para as novas recomendações, a ASTRO procurou responder as seguintes questões fundamentais para o tratamento bem sucedido do paciente:
1) Quando é apropriado adicionar terapia sistêmica à radioterapia definitiva no tratamento do câncer de cabeça e pescoço?
2) Quando é apropriado administrar radioterapia pós-operatória com e sem terapia sistêmica após cirurgia primária?
3) Quando é apropriado usar quimioterapia de indução no tratamento?
4) Quais são os regimes de dose, fracionamento e volume adequados com e sem terapia sistêmica no tratamento?
As principais recomendações são:
– A radioterapia definitiva sem terapia sistêmica fornece tratamento adequado para a maioria dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço em estágio inicial.
– Pacientes nos estágios IV e T3 N0-1 tratados com radioterapia definitiva devem receber cisplatina intermitente em altas doses simultâneas.
– Pacientes que recebem radioterapia adjuvante após ressecção cirúrgica para margens cirúrgicas positivas ou extensão extracapsular devem ser tratados com cisplatina intermitente em altas doses simultâneas; indivíduos com fatores de risco e intolerantes à cisplatina não devem receber terapia adjuvante concomitante.
– A quimioterapia de indução não deve ser administrada rotineiramente em pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
– Para doentes no estágio IV e estádio T3 N0-1 inelegíveis para a terapia de quimiorradioterapia concomitante, recomenda-se a radioterapia de fracionamento alterado.
A entidade também destaca que “o manejo bem sucedido do câncer de cabeça e pescoço requer a colaboração de oncologistas de radiação, médicos e cirurgiões. Quando dados de alto nível não estiverem disponíveis para a tomada de decisão, as recomendações de tratamento devem incorporar valores e preferências do paciente para chegar à abordagem terapêutica ideal”.
Veja aqui todas as recomendações da ASTRO.
Referências:
- Radiation therapy for oropharyngeal squamous cell carcinoma: Executive summary of an ASTRO Evidence-Based Clinical Practice Guideline. Sher, David J. et al. Practical Radiation Oncology. DOI: https://dx.doi.org/10.1016/j.prro.2017.02.002
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