O melanoma de corpo ciliar corresponde a 12% dos melanomas uveais. Geralmente ocorre na sexta década de vida com sintomas visuais, mas pode também ser diagnosticado acidentalmente. Os sinais dependem do tamanho e localização do tumor.
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O que temos que saber de importante sobre esse tema?
- Pode ser visto na fundoscopia com o paciente dilatado.
- Vasos sanguíneos episclerais dilatados no mesmo quadrante do tumor (vasos sentinela).
- Erosões na íris podem mimetizar um melanoma de íris.
- O aumento da pressão no cristalino pode aumentar o astigmatismo, gerar uma subluxação ou catarata.
- A extensão extraocular através dos vasos emissários esclerais pode produzir uma massa epibulbar escura que pode ser confundida com um melanoma conjuntival;
- Pode haver descolamento retiniano exsudativo causado pela extensão posterior do tumor.
- Uveíte anterior, causada por necrose tumoral, é incomum.
- A investigação é feita através de exame oftalmológico completo, fundoscopia, exame com lente de três espelhos com a pupila dilatada e biomicroscopia ultrassônica (UBM). Biópsia excisional, incisional ou aspiração por agulha fina pode ser necessária em casos selecionados.
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- O tratamento pode ser feito com iridociclectomia, radioterapia por braquiterapia ou enucleação em tumores grandes ou causadores de glaucoma secundários resultando em invasão extensa do canal de Schlemm.
- Os diagnósticos diferenciais são a síndrome de efusão uveal, cistos iridociliares epiteliais congênitos ou outros tumores de corpo ciliar (melanocitoma, meduloepitelioma, metástases, adenocarcinoma, adenoma neurolemoma e leiomioma).
Referências bibliográficas:
- Cunha AAF da, et al . Melanoma de corpo ciliar e coróide: relato de caso. Arq. Bras. Oftalmol. 2010 Abr;73(2):193-196.
- Kanski JJ, et al. Clinical Ophthalmology, a sistematic approach, 7th edition. Elsevier Saunders, 2011.
- Ehlers JP, et al. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital – Diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência, 5ª ediçã Porto Alegre: Editora Artmed.
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