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Ginecologia e Obstetrícia6 abril 2023

Nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose

Foi publicada revisão sistemática com o objetivo de avaliar o papel da nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose.

Endometriose é uma doença inflamatória caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. É uma patologia com prevalência de 10% entre as mulheres brasileiras, principalmente entre 25 e 35 anos. Nos últimos anos diversos estudos têm mostrado a importância do tratamento multidisciplinar na paciente com endometriose, e a área da nutrição tem um destaque merecido, afinal, as pacientes demonstram importante melhora das dores pélvicas crônicas e da dismenorreia após a avaliação e conduta do nutricionista.

Leia também: Interação entre a endometriose e a microbiota intestinal

Nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose

Métodos

Em fevereiro de 2023, foi publicada uma revisão sistemática na Frontiers com o objetivo de avaliar o papel da nutrição na profilaxia e no tratamento da endometriose. Afinal, os medicamentos podem ser usados para reduzir a dor aguda, sendo os tratamentos hormonais comuns, podendo interferir na fertilidade da paciente. Em casos mais graves, a excisão laparoscópica e até mesmo histerectomias são usados para tratar a dor associada com endometriose. Contudo, intervenções nutricionais podem ser úteis na prevenção e tratamento da endometriose e dor associada.

Resultados

De acordo com os autores, ao reduzir a gordura dietética e aumentando a fibra na alimentação, a paciente apresenta uma redução do estrogênio circulante, surgindo um benefício para indivíduos com endometriose, pois é uma doença dependente de estrogênio. Os pesquisadores ressaltam que o consumo de carne está associado a maior risco de desenvolver endometriose, e que as propriedades anti-inflamatórias das dietas à base de plantas podem beneficiar mulheres com endometriose. Além disso, as algas contêm propriedades moduladoras de estrogênio que beneficiaram mulheres na pós-menopausa e oferece potencial para reduzir as concentrações de estradiol na pré-menopausa.

Saiba mais: A relação entre estradiol circulante, endometriose e dor

 Conclusão e mensagem prática

Diversos estudos também pontuam sobre o consumo de vitamina D, na sua capacidade de reduzir a dor pélvica crônica, via aumento da capacidade antioxidante. Já a suplementação com as vitaminas C e E reduziram significativamente os sintomas da endometriose, em comparação com placebo.

Nos últimos anos diversos estudos mostraram a necessidade do tratamento multidisciplinar na paciente com endometriose. Contudo, mais ensaios clínicos randomizados são necessários para elucidar o papel da dieta na paciente com endometriose.

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Referências bibliográficas

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