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Neurologia4 janeiro 2020

Whitebook: quais os critérios diagnósticos da síndrome neuroléptica?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, vamos falar sobre os critérios diagnósticos da síndrome neuroléptica maligna.

Por Clara Barreto

Esta semana, falamos no Portal PEBMED sobre a síndrome neuroléptica maligna. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos falar sobre os critérios diagnósticos da síndrome.

Veja as melhores condutas médicas no Whitebook Clinical Decision!

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

médico segurando medicamentos que causam a síndrome neuroléptica

Critérios diagnósticos

  • Exposição recente ao antagonista da dopamina ou retirada de agonista da dopamina;
  • Hipertermia > 38°C em pelo menos duas ocasiões;
  • Rigidez muscular;
  • Alteração do estado mental;
  • Elevação da creatininofosfoquinase (CPK) pelo menos quatro vezes o limite superior do normal;
  • Labilidade do sistema nervoso simpático: elevação da pressão arterial 25% acima da linha de base; flutuação da pressão arterial, ≥ 20 mmHg (diastólica) ou ≥ 25 mmHg (sistólica), alterando dentro de 24 horas. Taquicardia ≥ 25% acima da linha basal e taquipneia ≥ 50% acima da linha de base;
  • Exame negativo para outras causas (líquido cefalorraquidiano é caracteristicamente normal).

Exames complementares:

  • CPK seriado: geralmente acima de 1000 unidades/L (podendo chegar a 100.000 unidades/L);
  • Hemograma completo: leucocitose;
  • Aumento discreto da lactato desidrogenase, fosfatase alcalina e transaminases hepáticas;
  • Eletrólitos (Na+, K+, Ca+, Mg+);
  • Gasometria arterial: acidose metabólica;
  • Ureia e creatinina: monitoramento da função renal;
  • Redução sérica do ferro (fator de risco para SNM);
  • Urina (EAS): mioglobinúria devido à rabdomiólise;
  • Tomografia computadorizada ou ressonância magnética do crânio, punção lombar e EEG para diagnóstico diferencial com outras patologias neurológicas;
  • Outros exames que se fizerem necessários para o diagnóstico diferencial.

Diagnóstico diferencial

A SNM é um diagnóstico de exclusão e, desta forma, deve-se fazer o diagnóstico diferencial com:

  • Síndrome serotoninérgica;
  • Hipertermia maligna;
  • Catatonia maligna;
  • Síndrome anticolinérgica associada à overdose de outras drogas;
  • Intoxicação por drogas simpaticomiméticas (ex.: cocaína, ecstasy e outras anfetaminas);
  • Intoxicação por estricnina;
  • Quadros infecciosos do SNC;
  • Infecções sistêmicas;
  • Convulsões;
  • Insolação;
  • Hidrocefalia aguda;
  • Tétano;
  • Vasculite do SNC;
  • Tireotoxicose;
  • Feocromocitoma;
  • Porfiria aguda;
  • Estado de abstinência de substâncias.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.
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