Para pacientes elegíveis com acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVCi), a terapia trombolítica intravenosa com alteplase (tPA)(ou tenecteplase ) é a terapia de primeira linha, desde que o tratamento seja iniciado dentro de 4,5 horas do “ïctus”. Como o benefício depende do tempo, é fundamental tratar os pacientes o mais rápido possível.
Entre os pacientes que se qualificam para trombólise sistêmica com tPA, cerca de 25% apresentam coágulos/oclusão nos grandes vasos. O trombolítico geralmente não consegue dissolver esses, qual é a solução para esses casos?
O tratamento endovascular é indicado neste cenário, para pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo devido a uma grande oclusão de artéria na circulação anterior que podem ser tratados dentro de 24 horas do ïctus”.
Surge a dúvida: O tPA deve ser realmente administrado em pacientes com oclusão de grandes vasos? Tem algum benefício?
Estudo
O estudo de LeCouffe e col. estudaram essa questão e concluíram que não se pôde excluir o tPA neste cenário, e que os benefícios são maiores em administrá-lo. De fato, os pacientes que receberam tPA, em média, tiveram melhores resultados do que aqueles nos quais foi ignorado. Isso foi confirmado no estudo de Suzuki e col. do Japão e em um estudo suíço, apresentado, mas ainda não publicado (SWIFT-DIRECT).
O estudo chinês de Zi e col. também demonstraram os benefícios de não excluir a tPA neste cenário.
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Por que é importante essa discussão?
Apesar do trombolítico não conseguir dissolver coágulos de grandes vasos, as evidências é que o tPA deve ser administrado o mais rápido possível em TODOS os pacientes qualificados, incluindo aqueles que são candidatos à trombectomia endovascular.
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