Ressonância magnética funcional pode explicar como pacientes acordam do coma
Estudo mostrou interrupções significativas nas conexões entre certas regiões cerebrais e o córtex cingulado posterior nos indivíduos comatosos em comparação com controles saudáveis.
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Um estudo publicado na Neurology mostrou interrupções significativas nas conexões entre certas regiões cerebrais e o córtex cingulado posterior nos indivíduos comatosos em comparação com controles saudáveis.
Além disso, a atividade cerebral entre o córtex cingulado posterior, que está fortemente associada à função cognitiva, e o córtex pré-frontal medial diferiram significativamente entre pacientes que eventualmente se recuperaram de seus comas e aqueles que permaneceram em um estado minimamente consciente ou vegetativo.
Os autores observaram padrões semelhantes entre o córtex cingulado posterior e o córtex pré-frontal medial em indivíduos saudáveis e pacientes que recuperaram a consciência.
Os pesquisadores compararam 27 pacientes comatosos que sofreram lesões cerebrais graves (trauma ou isquemia/anoxia) com 14 indivíduos saudáveis pareados com a idade. O protocolo de imagem incluiu 11 minutos de fMRI (Ressonância Magnética Funcional) de estado de repouso em um equipamento de 3-tesla.
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A avaliação clínica padronizada e os exames de IRMF foram realizados em uma média de quatro dias após os medicamentos sedativos serem suspensos dos pacientes comatosos. Os pesquisadores concentraram-se na área do córtex posteromedial para os exames de IRMF, com base em estudos recentes que sugerem que esta região desempenha um papel importante na regulação da consciência.
O acompanhamento revelou que quatro pacientes comatosos recuperaram a consciência três meses após o trauma, enquanto os outros pacientes permaneceram em um estado de consciência mínima ou vegetativa. Silva e colegas rastrearam a diferença clínica entre os pacientes recuperados e aqueles ainda em coma com a diferença significativa na força de conectividade funcional entre o córtex cingulado posterior e o córtex pré-frontal mediano no estágio agudo do coma quando os indivíduos foram examinados.
Pesquisas adicionais são necessárias para validar os resultados, mas esse trabalho representa um importante avanço no entendimento do coma e seu prognostico.
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Referências:
- Disruption of posteromedial large-scale neural communication predicts recovery from coma
Neurology December 8, 2015vol. 85no. 23 2036-2044
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