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Em novo artigo do The British Medical Journal (BMJ), pesquisadores investigaram se polissonografia de rotina pode ajudar a identificar fenótipos da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) e a associação desses fenótipos com desfechos cardiovasculares (síndrome coronariana aguda, ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral e morte).
Foram usados dados de polissonografias em quatro domínios fisiopatológicos em 1.247 veteranos que foram submetidos à avaliação da SAOS:
- Perturbação da arquitetura do sono
- Desregulação autonômica
- Distúrbios respiratórios
- Hipóxia
Sete grupos de pacientes foram identificados com base em características polissonográficas distintas:
- leve
- movimentos periódicos dos membros no sono
- não-R.E.M e agitação
- R.E.M e hipoxia
- hipopneia e hipoxia
- agitação e sono fraco
- combinação grave
Nas análises ajustadas, o risco (comparado com ‘leve’) do desfecho combinado foi significativamente aumentado para o grupo de movimentos periódicos dos membros no sono (HR 2,02; IC de 95%: 1,32 a 3,08), hipopneia e hipoxia (1,74; 1,02 a 2,99) e combinação grave (1,69; 1,09 a 2,62).
As categorias de severidade no índice de apneia-hipopneia convencional (IAH) de grau moderado (15 ≤ IAH <30) e grave (IAH ≥ 30), em comparação com leve/nenhuma (IAH < 15), não foram associadas a um risco aumentado.
Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que, entre os pacientes encaminhados para a avaliação da SAOS, dados polissonográficos de rotina podem identificar fenótipos fisiológicos que capturam o risco de desfechos cardiovasculares adversos que seriam perdidos pela classificação convencional da gravidade da SAOS.
Veja também: ‘Apneia obstrutiva do sono: o que todo médico deve saber’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Zinchuk AV, Jeon S, Koo BB, et al Polysomnographic phenotypes and their cardiovascular implications in obstructive sleep apnoea Thorax Published Online First: 21 September 2017. doi: 10.1136/thoraxjnl-2017-210431
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