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Neurologia15 maio 2023

Nova droga contra o Alzheimer capaz de retardar o avanço da doença

No início desse mês de maio, a companhia farmacêutica Eli Lilly anunciou que donanemab foi capaz de diminuir o avanço da doença de Alzheimer em um terço.

Por Augusto Coutinho

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia estima-se que entre 40 e 60% dos idosos que sofrem com demência no Brasil tenham a Doença de Alzheimer, que afeta a memória, a linguagem e a percepção do mundo, provocando alterações no comportamento, na personalidade e no humor dos pacientes.

Embora ainda não possua uma cura definitiva, nos últimos anos surgiram medicamentos promissores para o tratamento dos sintomas e alento dos pacientes, como os anticorpos monoclonais aducanumabe e lecanemab.

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Donanemab

No início desse mês de maio, a companhia farmacêutica Eli Lilly anunciou que sua nova droga em desenvolvimento, também um anticorpo monoclonal, chamado donanemab, foi capaz de diminuir o avanço da doença de Alzheimer em um terço. Em entrevista à BBC, o Dr. Mark Mintun, vice-presidente de pesquisa em neurociência e desenvolvimento do grupo Eli Lilly declarou: “Estamos encorajados pelos potenciais benefícios clínicos que o donanemab pode proporcionar, embora, assim como para muitos tratamentos eficazes para doenças debilitantes e fatais, existem riscos associados que podem ser graves e mortais”.

Apesar da empresa dizer que buscará, nos próximos meses, a aprovação do uso da droga em hospitais, os estudo e testes realizados pela empresa ainda não foram divulgados, apenas dados gerais.

Informações do estudo

A análise realizada contou com a participação de 1.734 pessoas com Alzheimer em estágio inicial. O donanemab foi administrado por meio de uma infusão intravenosa mensal até que as placas características da doença no cérebro desaparecessem. A progressão da doença foi reduzida em 29% no geral.

Entretanto, um efeito colateral comum (um terço dos pacientes) foi inchaço no cérebro. Com 1,6% dos pacientes apresentando esse sintoma com gravidade e dois voluntários com mortes diretamente relacionadas ao inchaço e um possível terceiro caso ainda em averiguação.

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

Autoria

Foto de Augusto Coutinho

Augusto Coutinho

Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).

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