Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia estima-se que entre 40 e 60% dos idosos que sofrem com demência no Brasil tenham a Doença de Alzheimer, que afeta a memória, a linguagem e a percepção do mundo, provocando alterações no comportamento, na personalidade e no humor dos pacientes.
Embora ainda não possua uma cura definitiva, nos últimos anos surgiram medicamentos promissores para o tratamento dos sintomas e alento dos pacientes, como os anticorpos monoclonais aducanumabe e lecanemab.
Donanemab
No início desse mês de maio, a companhia farmacêutica Eli Lilly anunciou que sua nova droga em desenvolvimento, também um anticorpo monoclonal, chamado donanemab, foi capaz de diminuir o avanço da doença de Alzheimer em um terço. Em entrevista à BBC, o Dr. Mark Mintun, vice-presidente de pesquisa em neurociência e desenvolvimento do grupo Eli Lilly declarou: “Estamos encorajados pelos potenciais benefícios clínicos que o donanemab pode proporcionar, embora, assim como para muitos tratamentos eficazes para doenças debilitantes e fatais, existem riscos associados que podem ser graves e mortais”.
Apesar da empresa dizer que buscará, nos próximos meses, a aprovação do uso da droga em hospitais, os estudo e testes realizados pela empresa ainda não foram divulgados, apenas dados gerais.
Informações do estudo
A análise realizada contou com a participação de 1.734 pessoas com Alzheimer em estágio inicial. O donanemab foi administrado por meio de uma infusão intravenosa mensal até que as placas características da doença no cérebro desaparecessem. A progressão da doença foi reduzida em 29% no geral.
Entretanto, um efeito colateral comum (um terço dos pacientes) foi inchaço no cérebro. Com 1,6% dos pacientes apresentando esse sintoma com gravidade e dois voluntários com mortes diretamente relacionadas ao inchaço e um possível terceiro caso ainda em averiguação.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.
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