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Neurologia21 fevereiro 2019

Monitorização de síncope na emergência: qual tempo de observação?

Síncope caracteriza-se pela perda súbita e transitória da consciência por hipoperfusão global do cérebro, com recuperação completa espontânea.

Por Maiane Pauletto

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Síncope caracteriza-se pela perda súbita e transitória da consciência por hipoperfusão global do cérebro, com recuperação completa espontânea.

O objetivo da avaliação no departamento de emergência é excluir condições potencialmente graves, como IAM, TEP, hemorragia ou arritmia. A preocupação com condições graves contribui para manutenção por tempo prolongado em observação.

Foram desenvolvidos escores para estratificação do risco, como o Canadian Syncope Risk Score (CSRS)

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Um estudo de coorte prospectivo foi realizado em seis departamentos de emergência no Canadá, incluindo pacientes de 16 anos ou mais que se apresentaram em até 24 horas da ocorrência da síncope. O CSRS foi utilizado para estratificar todos os pacientes. Os indivíduos foram acompanhados por 30 dias e o desfecho primário do estudo foi a ocorrência de arritmias graves.

Desfechos graves ocorreram em 7,5% dos pacientes (417) em 30 dias após a visita à emergência, dos quais 3,7% (161) foram arritmias. A maioria dos pacientes (73,9%) foi classificada como baixo risco e a minoria (7,1%), como alto risco. Os resultados graves ou arritmias aumentaram proporcionalmente ao aumento de gravidade pelo escore.

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Dos pacientes com eventos graves, mais da metade (55,6%) foram identificados dentro de seis horas da chegada à emergência. Quase todas as arritmias (91,7%) em pacientes de médio a alto risco foram identificadas dentro de 15 dias da síncope.

Os investigadores concluíram, então, que duas horas de observação no departamento de emergência era considerado tempo suficiente para pacientes de baixo risco, assim como seis horas para médio e alto risco.

Breve hospitalização pode ser considerada em pacientes de alto risco, uma vez que o risco de arritmias após seis horas de avaliação é maior nestes casos. Os de médio risco podem ser liberados caso não haja suspeita de evolução desfavorável ou após procedimento adequado. A escolha entre monitoramento ambulatorial do ritmo cardíaco ou hospitalização depende da preferência do médico e do paciente, das condições de acesso ao serviço de saúde e de aspectos médico-legais.

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Referências:

  • Thiruganasambandamoorthy, V.; Rowe, B. H.; Sivilotti, M. L. A. et al. Duration of Electrocardiographic Monitoring of Emergency Department Patients with Syncope. Circulation, p. 1-25, 2019.
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