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Neurologia14 janeiro 2017

Já conhece a nova classificação das crises convulsivas?

O ano começa com a nova classificação de crises convulsivas desenvolvida por uma força-tarefa da ILAE e divulgada no final de 2016.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

O ano começa com a nova classificação de crises convulsivas desenvolvida por uma força-tarefa da International League Against Epilepsy (ILAE) e divulgada no final de 2016. Foram várias as motivações para a mudança: alguns tipos de crise (por exemplo, crises tônicas ou espasmos epilépticos) podem ter um início tanto focal quanto generalizado; a falta de conhecimento sobre o início de uma crise tornava impossível sua classificação no sistema de 1981; a necessidade da consciência (ou responsividade) não ser o único descritor de uma crise focal, apesar de ainda permanecer como um importante classificador para a mesma; alguns termos de uso corrente não são bem aceitos ou entendidos pelo público (por exemplo: “psíquico”, “parcial”, “parcial simples”, “parcial complexa” e “discognitiva”); e, por fim, alguns tipos importantes de crise não eram contemplados na classificação anterior.

O que muda com a nova classificação:

  1. “Parcial” torna-se “focal”.
  2. Certas crises podem ser tanto focais, generalizadas ou de início desconhecido.
  3. Crises de início desconhecido podem ser classificadas.
  4. A consciência é usada como um classificador para crises focais.
  5. Os termos “discognitivo”, “parcial simples”, “psíquica” e “secundariamente generalizada” foram eliminados.
  6. Crises focais tônica, clônica, atônica, mioclônica e espasmos epilépticos são reconhecidos, bem como a versão bilateral desses tipos de crise.
  7. Foram adicionados novos tipos de crise generalizada: ausência com mioclonia de pálpebras, ausência mioclônica, mioclônica-atônica, clônicatônica-clônica, espasmos epilépticos.

A figura abaixo mostra as versões originais, básica e expandida, da nova classificação operacional dos tipos de crise convulsiva da ILAE.

Segue abaixo uma tradução livre de alguns exemplos listados pela força-tarefa de como utilizar a nova classificação para renomear os diferentes tipos de crise convulsiva:

Mais da autora: ‘Síndrome das Pernas Inquietas: você sabe como tratar?’

Com o intuito de estimular uma linguagem comum, o documento original também apresenta uma lista de descritores dos comportamentos frequentemente observados durante as crises, um glossário de todos os termos ali utilizados e uma orientação para a classificação de cada um dos tipos de crise com exemplos.

O trabalho da força-tarefa contou com sugestões de comunidades envolvidas com o tema. Fato que se reflete no principal objetivo da nova classificação, como repetido em vários trechos do documento: permitir maior transparência e universalização da linguagem em se tratando se crises convulsivas, não apenas entre profissionais de saúde, mas entre todos aqueles de algum modo relacionados com o assunto e com os pacientes.

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Referência:

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