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Estudo recente realizado por pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP indica que a sinvastatina pode proteger o cérebro exposto à sepse.
Ratos Wistar machos (250-300g) foram submetidos à ligação cecal e punção (n = 34) ou permaneceram como não-manipulados (n = 34). Ambos os grupos foram tratados com sinvastatina por sonda (20 mg/kg) ou um volume equivalente de solução salina.
Os animais submetidos à ligação e punção foram tratados com a estatina 4 dias antes e 48h após a cirurgia. Um grupo de animais foi decapitado e o sangue e o cérebro foram coletados para quantificar os níveis plasmáticos de citocinas e avaliar a astrogliose e a apoptose no córtex pré-frontal e no hipocampo.
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Os ratos que passaram por cirurgia e foram tratados com sinvastatina apresentaram redução nos níveis de óxido nítrico (p <0,05), IL1-β (p <0,001), IL-6 (p <0,01) e níveis de TBARS (p <0,001), e aumento da atividade de catalase (p <0,01), enzima citrato sintase (p <0,05) e GSH/GSSG normalizado. Além disso, a análise histopatológica mostrou uma redução (p <0,001) em astrócitos reativos e células apoptóticas positivas para caspase-3.
Segundo os pesquisadores, esses achados sugerem um possível efeito neuroprotetor da sinvastatina em estruturas responsáveis pela aprendizagem espacial e memória, e indicam a necessidade de estudos comportamentais que avaliem o impacto no dano cognitivo, que é frequentemente observado em pacientes que sobrevivem a sepse.
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