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Neurologia19 outubro 2022

Cuidado com o prognóstico de pacientes após hemorragia intracerebral espontânea

A hemorragia intracerebral é a segunda causa mais comum de AVC. Em estudos, 72% dos pacientes tiveram resultado ruim em 30 dias. Saiba mais!

A hemorragia intracerebral (HIC) é a segunda causa mais comum de acidente vascular cerebral e capaz de gerar incapacidades funcionais com impacto considerável na qualidade de vida dos pacientes. 

Existem várias condições patológicas subjacentes associadas: a hipertensão arterial, angiopatia amiloide e a rotura de malformação vascular são as mais comuns.

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O resultado funcional pode ser avaliado usando diferentes ferramentas de pontuação clínica. A Escala de Rankin modificada (mRS) é frequentemente utilizada. Em vários estudos, pacientes com HIC que atingem uma pontuação de 0 a 3 foram descritos como tendo um bom resultado funcional; resultados ruins incluíram aqueles com pontuação de 4 a 6. A melhora funcional após o evento pode ser lenta e a evolução temporal é muitas vezes incerta. 

Predição de deterioração neurológica após hemorragia intracerebral pontuação SIGNALS

Métodos

Em uma análise de dados de dois ensaios clínicos com quase 1 mil pacientes com HIC, 72% dos pacientes tiveram um resultado funcional ruim em 30 dias. Em um ano, 46% se recuperaram ainda mais e alcançaram um bom resultado funcional, incluindo 211 (30%) que eram funcionalmente independentes nas atividades da vida diária. 

No estudo, as complicações agudas como sepse, novo acidente vascular, ventilação mecânica prolongada, hidrocefalia e necessidade de gastrostomia foram preditores de mau resultado em um ano. 

Na literatura, os principais determinantes clínicos associados à redução da recuperação funcional são o aumento da idade, comorbidades basais e gravidade da HIC. Os principais determinantes de imagem incluem o volume de sangue, a presença de hemorragia intraventricular e locais específicos do sangramento. 

Resultados

Perceba que no estudo, entre os pacientes de HIC graves e com mau resultado funcional inicial, mais de 40% se recuperaram para um bom resultado em um ano. Um atendimento neurointensivo pleno com participação multidisciplinar evita a retirada prematura do suporte e melhora os resultados a longo prazo.

Mensagem prática 

Os autores orientam os profissionais a evitarem prognósticos pessimistas precoce e acompanhar a potencial recuperação funcional com o seguimento.

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Referências bibliográficas

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