Nesta semana em conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, apresentamos: Como realizar o diagnóstico de delirium?
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Definição: Distúrbio agudo da consciência associado a alteração da cognição, não atribuída a quadro demencial prévio, com flutuação ao longo do dia. O delirium costuma acompanhar um sofrimento orgânico difuso, no qual o SNC é apenas um dos órgãos afetados. A presença de delirium é um sinal de prognóstico ruim, indicando aumento da morbimortalidade associada ao quadro subjacente.
Não há consenso sobre a distinção entre delírio e estados de confusão mental. Os termos “estado confusional agudo” e “encefalopatia” são muitas vezes usados como sinônimo de delirium. O termo mais geral “confusão” é usado para indicar um problema com o pensamento coerente. Pacientes confusos são incapazes de pensar com velocidade normal, clarezaou coerência. Confusão é tipicamente associada com um sensório deprimido e uma reduzida capacidade de atenção.
Suspeita Clínica: O diagnóstico parte da suspeita do quadro de desorientação. Em geral, os principais sinais e sintomas apresentados são:
- Alteração do nível de consciência;
- Comprometimento da atenção;
- Alteração do funcionamento cognitivo;
- Aumento ou diminuição das atividades psicomotoras;
- Alteração do ciclo sono-vigília;
- Transtorno emocional associado.
Quadro Clínico:
- Presença das três características fundamentais: Distúrbio do estado de vigilância e aumento da distração; incapacidade de realizar série de movimentos com objetivo definido; incapacidade de manter pensamento coerente;
- Pródromo: Queixas de fadiga, distúrbios do sono (sonolência diurna excessiva ou insônia), depressão, ansiedade, inquietação, irritabilidade e hipersensibilidade à luz ou som. Com a progressão há distúrbios de percepção e de comprometimento cognitivo;
- Curso temporal: Desenvolve-se ao longo de horas a dias e tipicamente persiste por dias a meses. A agudeza da apresentação é o recurso mais útil em diferenciá-lo da demência. Além disso, apresenta características instáveis, tornando-se geralmente mais grave durante a noite;
- Quadro psiquiátrico pode vir acompanhado de alucinações ou ilusões (principalmente visuais e táteis), desorientação, agitação ou apatia, déficit de memória e distúrbios do sono;
- Podem ocorrer tremores, flapping e mioclonias;
- Sinais da doença subjacente.
Leia o nosso post sobre Síndrome Pós-Hospitalização
Exames Complementares:
- Glicemia capilar (1º exame): Deve ser solicitada em todo paciente admitido com rebaixamento do nível de consciência, confusão e agitação;
- Exames específicos para causa subjacente;
- Exames úteis para rastreio da causa subjacente:
- Hemograma completo;
- Eletrólitos;
- Uréia e creatinina;
- EAS + Urocultura;
- Radiografia de tórax;
- Eletrocardiograma.
Diagnóstico diferencial: Algumas doenças psiquiátricas apresentam importante diagnóstico diferencial com o delirium, devendo ser excluídas na suspeita do mesmo:
- Demência;
- Esquizofrenia;
- Depressão;
- Psicose de Korsakoff;
- Afasia de Wernicke.
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