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Neurologia14 março 2023

Como fazer avaliação de prognóstico na hemorragia subaracnóidea?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, trazemos a avaliação prognóstica da hemorragia subaracnoidea.

Por Redação Afya

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados doWhitebook Clinical Decision, trazemos alguns pontos importantes sobre a avaliação prognóstica da hemorragia subaracnoidea.

Encontre o manejo completo da hemorragia subaracnoidea no Whitebook Clinical Decision!

estetoscopio pendurado

Avaliação prognóstica da HSA

Diversas escalas e escores foram formulados para classificar os quadros de hemorragia subaracnoide quanto à gravidade. Destacamos três escalas utilizadas na prática: a escala de Fisher, a escala de Hunt e Hess, e a escala da World Federation of Neurological Surgeons (WFNS).

Escala de Fisher: Risco de Vasoespasmo Cerebral em Hemorragia Subaracnoide

GrauAspecto de sangue na TC crânio
1Nenhum sangue detectado
2Deposição difusa ou camada fina com todas as camadas verticais (em fissura inter-hemisférica, cisterna insular, cisterna ambiente) com menos de 1 mm de espessura
3Coágulo localizado e / ou camadas verticais de 1 mm ou mais de espessura
4Coágulo intracerebral ou intraventricular com sangue difuso ou sem sangue no espaço subaracnoide.

Escala de Hunt e Hess na Hemorragia Subaracnoide

GrauAvaliação Neurológica
1Assintomático ou cefaleia leve e rigidez nucal discreta
2Cefaleia grave, rigidez de pescoço, sem deficit neurológico, exceto por paralisia de nervo craniano
3Sonolência ou confusão mental, deficit neurológico leve
4Torpor, hemiparesia moderada a grave
5Coma, postura de descerebração

Escala de Gravidade da Hemorragia Subaracnoide da WFNS

GrauEscala de Coma de GlasgowDeficit Motor
115Ausente
213-14Ausente
313-14Presente
47-12Presente ou ausente
53-6Presente ou ausente

Complicações

A hemorragia subaracnoide pode cursar com complicações que contribuem para a deterioração clínica e piores desfechos, sendo as principais:

  • Ressangramento: ocorre em 10-20% dos pacientes, principalmente nas primeiras 24 horas do quadro. Apenas o tratamento do aneurisma é eficiente na prevenção do ressangramento;
  • Isquemia cerebral: vasoespasmo provocado pela lise do sangue no espaço aracnoide. Determina o surgimento de áreas de infarto parenquimatoso, estabelecendo novos sinais neurológicos focais na apresentação clínica e rebaixamento do nível de consciência;
  • Hidrocefalia: complicação comum da hemorragia subaracnoide, causada por obstrução na drenagem do líquido cefalorraquidiano pela presença de sangue. Manifesta-se no exame de imagem por dilatação ventricular e, clinicamente, por rebaixamento do nível de consciência e sinais de hipertensão intracraniana (miose, desvio do olhar conjugado);
  • Hipertensão intracraniana: de origem multifatorial, pode ser causada por hemorragias volumosas, hidrocefalia aguda, por edema e/ou isquemia do parênquima e por hiperemia reativa (após insulto isquêmico).

Leia também: DDX: conheça o novo sistema de diagnóstico diferencial disponível no Whitebook

  • Acidente vascular encefálico intraparenquimatoso; 
  • Acidente vascular encefálico isquêmico; 
  • Meningite asséptica;
  • Hematoma subdural; 
  • Crise convulsiva; 
  • Enxaqueca ou cefaleia em salvas;
  • Emergências hipertensivas (ex.: encefalopatia hipertensiva); 
  • Estado hiperosmolar hiperglicêmico; 
  • Trombose venosa encefálica; 
  • Tumor cerebral;
  • Infecção de sistema nervoso central (encefalites e menigoencefalites); 
  • Ataque isquêmico transitório.
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Referências bibliográficas

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