Logotipo Afya
Anúncio
Neurologia15 junho 2023

Comitê da FDA aprova medicamento para Alzheimer

Em janeiro, o medicamento já havia recebido uma aprovação acelerada por ser classificado como tratamento para doença grave.

Um painel de especialista da FDA (U.S. Food and Drug Administration) aprovou por unanimidade os resultados de um estudo de fase 3 envolvendo a medicação Lecanemab (Leqembi). Os seis integrantes do painel concordaram que a droga foi capaz de gerar benefícios no tratamento de pessoas nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.  

Espera-se que a aprovação final ocorra no começo de julho. Caso isso ocorra, seria o primeiro medicamento aprovado capaz de modificar o curso da doença. 

Sem cura definitiva, está presente em 40% e 60% dos idosos que sofrem com demência no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. A doença de Alzheimer afeta a memória, a linguagem e a percepção do mundo, provocando alterações no comportamento, na personalidade e no humor dos pacientes. 

Anticorpos monoclonais para doença de Alzheimer, já estamos lá?

Passo acelerado 

Em janeiro, o medicamento já havia recebido uma aprovação acelerada por ser classificado como tratamento para doença grave. Esse novo painel focou nos estudos de confirmação de benefícios do remédio, pesando os riscos e benefícios apresentados. 

O estudo publicado em novembro indicou uma redução de 27% no declínio cognitivo dos pacientes ao mesmo tempo que apontou efeitos adversos como inchaço cerebral, sangramento e micro-hemorragias cerebrais. 

Risco-benefício

A doutora Tanya Simuni, uma das membras do painel, justificou a aprovação dizendo acreditar que, considerando o fardo e natureza progressiva da doença, os benefícios superam os riscos. O presidente do painel. Dr. Robert Alexander ponderou que, no geral, o medicamento demonstrou ser um tratamento efetivo para a população definida no estudo. 

Algumas preocupações foram apontadas durante as argumentações, como o risco maior para pessoas que carregam duas cópias do gene APOE4, o que resultou em recomendação para testagem genética antes da prescrição. O painel também apontou uma necessidade maior de cuidado com pacientes tomando anticoagulantes e restrições para pacientes com angiopatia amiloide cerebral. 

 

Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Referências bibliográficas

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Neurologia