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Em artigo recente do Nephrology Dialysis Transplantation, pesquisadores compararam a segurança entre o ferro parenteral e oral em pacientes renais crônicos, que não fazem diálise.
Nesse estudo prospectivo e multicêntrico de 1 ano em 616 pacientes com doença renal crônica não dependente de diálise, anemia e deficiência de ferro foram randomizados para receber ferro parenteral, visando níveis altos (400-600 μg / L) ou baixos (100-200 μg / L) de ferritina ou ferro oral.
A incidência de um ou mais eventos adversos foi de 91, 100 e 105 por 100 pacientes-anos nos que receberam ferro parenteral visando níveis altos de ferritina, ferro parenteral visando baixa ferritina e ferro oral, respectivamente. A incidência de eventos adversos com uma relação suspeita com o medicamento foi de 15,9, 17,8 e 36,7; para eventos adversos graves, a incidência foi de 28,2, 27,9 e 24,3.
A incidência de distúrbios cardíacos e infecções foi semelhante entre os grupos. Pelo menos um nível de ferritina ≥800 μg/L ocorreu em 26,6% dos pacientes tratados com ferro parenteral visando alta ferritina, sem aumento associado nos eventos adversos. Nenhum paciente com ferritina ≥ 800 μg/L interrompeu o medicamento devido a eventos adversos. A taxa estimada de filtração glomerular permaneceu estável em todos os grupos.
Para os autores, esses achados apoiam o uso de ferro parenteral em pacientes renais crônicos, que não fazem diálise.
Veja também: ‘Nutrição no paciente renal crônico – o que precisamos saber’
Referências:
- Safety of Intravenous Ferric Carboxymaltose Versus Oral Iron in Patients With Nondialysis-dependent CKD. Nephrol Dial Transplant. 2017;32(9):1530-1539.
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