Medicamentos genéricos estão presentes no mercado farmacêutico brasileiro há mais de 20 anos, evoluindo no aumento de produtos disponíveis e na geração de confiança e segurança para os médicos e pacientes. Análises atuais mostram que até 79% dos consumidores fazem ou já fizeram uso de genéricos, realidade mais perceptível ao observar que doenças crônicas prevalentes2, como hipertensão arterial e diabetes, possuem ampla disponibilidade de genéricos para seu tratamento, impactando no acesso terapêutico da população1.
Entendimentos fundamentais
Muitas vezes não é entendido o que é um medicamento genérico e sua relação com o medicamento referência. O genérico possui o princípio ativo idêntico ao de referência, assim como mesma dose, indicação e forma farmacêutica. Além disso, precisa cumprir etapas de validação de pureza e segurança na ANVISA, passando por testes de equivalência terapêutica e biológica.2
Essa última etapa é essencial para validar que o genérico é capaz de gerar o mesmo efeito terapêutico in vivo esperado pelo medicamento referência, sendo demonstrada sua bioequivalência. Com o sucesso nas checagens de qualidade, é possível adotar o medicamento genérico com segurança. Um ponto de destaque é que o medicamento genérico deve ter como nome comercial apenas o seu princípio ativo2.
Impacto prático
O estímulo à produção de genéricos juntamente com apoio governamental faz com que eles sejam uma peça fundamental para o equilíbrio nos gastos de saúde. Algo perceptível na esfera da saúde pública com o abastecimento de unidades clínicas do SUS e no contexto individual, uma vez que os gastos em saúde podem pesar bastante nas economias pessoais e familiares.
Nesse sentido, o medicamento genérico faz seu grande diferencial, que é a oferta de um fármaco eficaz e seguro com uma importante redução de preço, facilitando a aquisição e engajamento terapêutico.
Essa redução de preço é significativa, pois para a produção do fármaco não são necessários os estudos científicos grandes e com alto custo. Embora sejam extremamente essenciais, os grandes estudos já foram realizados para comprovação do princípio ativo na geração do medicamento referência.
De forma geral, inclusive por vigência de legislação, o genérico deve ser comercializado por preço no mínimo 35% mais barato que o valor de referência, proporção geralmente maior e que faz toda a diferença na hora da compra1.
Reflexo no plano terapêutico
Como já discutido em outros textos, é essencial ter a percepção de que o sucesso do plano terapêutico também depende da capacidade de adquirir medicamentos e equilibrar os custos de saúde com o orçamento do paciente. Essa percepção é fator reforçador de uma relação médica empática para compreender as dificuldades que o paciente pode enfrentar no seguimento clínico. Isso por sua vez permite elaborar em conjunto alternativas para o melhor desfecho. O impacto dos medicamentos genéricos na garantia de acesso à saúde é evidente, viabilizando a adesão terapêutica de muitos pacientes e impactando até mesmo a esfera da saúde coletiva, possibilitando o acesso com menor custo.
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Você já se perguntou se o seu paciente tem condições de arcar com o medicamento prescrito?
Você costuma dar opções de medicamentos e locais para o paciente adquirir o medicamento?
O médico deve estar atento no processo de prescrição, informando devidamente ao paciente sobre a possibilidade de uso dos genéricos, esclarecendo o perfil de segurança e eficácia. Um grande diferencial na relação terapêutica é informar sobre ferramentas auxiliares no processo de pesquisa e comparação do medicamento prescrito, como o CliqueFarma, por exemplo, facilitando a aquisição medicamentosa e adesão ao plano de cuidado.
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