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Em crianças hemodinamicamente instáveis que apresentam alteração do nível de consciência, sinais de hipoperfusão periférica, hipoxemia e associado à bradicardia, pode nos confundir quanto a melhor conduta a ser tomada. Para isso, segue um breve guia que pode auxiliá-lo:
- Antes de tudo, a criança deve ser monitorizada, avaliada oximetria de pulso e ser realizado o acesso vascular.
- Em seguida, realizar ventilação com pressão positiva com Bolsa-Válvula-Máscara na frequência de 1 ventilação a cada 3 ou 5 segundos. Por um período de 30 segundos. Segue-se reavaliação cardiopulmonar do paciente.
- Caso a frequência cardíaca permaneça menor que 60 bpm:
– Iniciar protocolo de Reanimação Cardio-Pulmonar em pediatria (15 compressões intercaladas com 2 ventilações, se 2 socorristas, ou 30 compressões intercaladas com 1 ventilação, se 1 socorrista).
– Reavaliar o ritmo cardíaco do paciente a cada 2 minutos.
– Infundir adrenalina a cada 3 a 5 minutos durante as compressões, conforme necessidade.
– Considerar Atropina se: houver tônus vagal aumentado (por exemplo, em intoxicação por organofosforados) ou histórico de bloqueio átrio-ventricular. - Enquanto realizam-se todas essas medidas, o médico já solicita exames para avaliação de possíveis causas reversíveis para esse quadro. Dentre elas temos os 6 H’s e 6 T’s:
– Hipóxia
– Hipovolemia
– “Hidrogênio” (acidose)
– Hipoglicemia
– Hipotermia
– Hipo/Hipercalemia
– Tamponamento cardíaco
-“Tensão no tórax” (pneumotórax hipertensivo)
– Toxinas
– Trauma
– Trombose pulmonar (TEP)
– Trombose coronariana (infarto)
Após melhora do quadro de bradicardia, deve-se manter o paciente em observação, suporte cardiopulmonar e considerar avaliação de um especialista.
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