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Medicina de Emergência22 agosto 2017

Prevenção de alergia por contraste: 5 horas de corticoterapia venosa são suficientes

Em estudo retrospectivo de não inferioridade, pesquisadores compararam a ocorrência de reações alérgicas a contraste venoso em pacientes com histórico prévio submetidos a duas estratégias distintas.

Por Eduardo Moura

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A dessensibilização de pacientes alérgicos a contraste venoso para tomografia é alvo de muitas dúvidas. Não há um consenso quanto a melhor prática de corticoterapia pré-contraste, e cada hospital ou serviço costuma utilizar recomendações próprias.

Algumas vezes, inclusive, a realização de tomografia em pacientes alérgicos no serviço de emergência acaba por motivar a internação do paciente para o correto preparo, a fim de evitar uma longa permanência do paciente no departamento de emergência. Por outro lado, a prática implica em internação de um paciente com potencial de alta hospitalar, e protocolos de resposta mais rápida poderiam diminuir seu tempo de estadia na emergência, e poupar o paciente de uma internação desnecessária.

A maioria dos protocolos de dessensibilização de contraste envolve a administração intermitente de corticoide oral por um período total de 13 horas antes do exame. Pensando nisso, em estudo retrospectivo de não inferioridade, pesquisadores compararam a ocorrência de reações alérgicas a contraste venoso em pacientes com histórico prévio submetidos a duas estratégias distintas: corticoterapia oral por 13 horas ou corticoterapia intravenosa por 5 horas.

O estudo analisou retrospectivamente 202 pacientes submetidos a dessensibilização com protocolo de corticoide venoso por 5 horas em uma única unidade de saúde durante um período de 8 anos, e comparou com uma coorte, previamente publicada pela mesma instituição, com 626 pacientes tratados com corticoterapia oral por 13 horas. A taxa de 2,5% de reações em pacientes com corticoterapia venosa por 5 horas mostrou-se não-inferior à taxa de 2,1% de reações em pacientes que receberam a terapia oral por 13 horas.

Muitos serviços já utilizam protocolos mais rápidos e este estudo afirma a não inferioridade desta estratégia em relação ao longo período de 13 horas. No entanto, dadas as limitações do estudo, abre-se a oportunidade em desenvolver um ensaio clínico randomizado de pacientes entre as 2 estratégias, cuja confirmação dos resultados aqui apresentados traria maior segurança para a dessensibilização mais curta.

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