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Medicina de Emergência19 novembro 2018

Oxigenoterapia: qual é a melhor opção para pacientes com doença aguda?

Quais são os alvos de oxigenoterapia em pacientes internados com saturação normal de oxigênio para diminuir a mortalidade? Descubra no artigo a seguir:

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Foi publicado este ano um artigo no The Lancet sobre a suplementação de oxigênio em pacientes internados com saturação normal de oxigênio no aumento da mortalidade. Seus autores concluíram que o oxigênio deve ser administrado de forma conservadora, mas não fizeram recomendações específicas sobre como fazê-lo.

Leia mais: Veja nova diretriz para o uso de ventilação não invasiva na insuficiência respiratória aguda

Um painel de especialistas internacionais publicou no BMJ, baseado no artigo citado anteriormente, um guideline que ajuda a esclarecer melhor os alvos da oxigenoterapia para não pecarmos pelo excesso.

Os principais pontos da publicação são:

  • Pacientes gravemente doentes que necessitam de oxigenoterapia suplementar devem manter os níveis periféricos de saturação capilar de oxigênio (SpO2) de 96% ou menos (recomendação forte). Níveis mais altos têm sido associados a um risco elevado de mortalidade;
  • Para pacientes com infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, não iniciar oxigenoterapia em pacientes com SpO2 ≥ 90% (para ≥93% de recomendação forte, para 90-92% de recomendação fraca);
  • Uma faixa alvo de SpO2 de 90-94% parece razoável para a maioria dos pacientes e 88-92% para pacientes com risco de insuficiência respiratória hipercápnica; usar a quantidade mínima de oxigênio necessária.

Também foram ressaltadas situações em que há necessidade de alvos menores ou maiores de saturação de O2. Exemplos de condições que podem se beneficiar de limites de saturação de oxigênio maiores ou menores:

Alvo inferior (como SpO2 88-92%)

  • Pacientes com risco de insuficiência respiratória hipercápnica, por exemplo:
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica
  • Hipoventilação da obesidade
  • Doenças respiratórias neuromusculares
  • Apneia obstrutiva do sono
  • Diminuição do drive respiratório central (como overdose sedativa, acidente vascular cerebral, encefalite)

Alvo mais alto (como SpO2 se aproximando de 100%)

  • Envenenamento por monóxido de carbono
  • Cefaleia em salvas
  • Crise falcêmica
  • Pneumotórax

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Referências:

  • Oxygen therapy for acutely ill medical patients: a clinical practice guideline. BMJ 2018; 363 doi: https://doi.org/10.1136/bmj.k4169 (Published 24 October 2018).

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