Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o Rio de Janeiro está passando por uma epidemia de esporotricose, doença que afeta principalmente gatos e pode passar para cachorros e humanos. Em 2016, foram registrados 400% casos a mais na cidade em comparação a 2015, totalizando mais de 13 mil atendimentos. Entre eles, mais de 500 pessoas foram atendidas com lesões cutâneas causadas pela infecção.
A doença é causada por um fungo e pode ser fatal em felinos, que adquirem a infecção por meio do contato com material orgânico em decomposição contaminado, como cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. A transmissão para humanos acontece por arranhões ou outros acidentes em que o fungo entra contato direto com a pele machucada.
A manifestação acontece por meio de lesões que aparecem como feridas no focinho e membros do animal. As feridas geralmente contêm pus e não cicatrizam, além de evoluírem rapidamente. Na cidade, institutos de veterinária atendem gratuitamente em São Cristóvão e Santa Cruz, e fazem o exame necessário, onde o material é colhido e levado para avaliação em laboratório.
Nas pessoas, é possível observar um pequeno caroço vermelho, no início da infecção, que pode virar uma ferida, ou uma fileira de nódulos avermelhados nas mãos, braços, pernas e rosto. Avaliar o exame dos animais possivelmente contaminados auxilia no diagnóstico final.
O tratamento é medicamentoso, com Itraconazol, e outros cuidados em casa são necessários, além da castração do animal e monitoramento correto, retornando à unidade de saúde nas datas previstas. Os gatos diagnosticados no início da infecção tem mais possibilidade de cura.
https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/rio-de-janeiro-tem-epidemia-de-esporotricose.ghtml
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