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Medicina de Emergência5 novembro 2014

Ebola (Parte II) – Avaliando o paciente na emergência.

Nesta segunda parte entenderemos um pouco mais a respeito de como manejar o paciente proveniente de uma zona de risco de Ebola.

Por Bruno Lagoeiro

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Na primeira parte desta análise sobre o Ebola entendemos um pouco mais a respeito dos aspectos de disseminação populacional e do possível medo das pessoas em se contaminar com o vírus. Nesta parte entenderemos um pouco mais a respeito de como manejar o paciente proveniente de uma zona de risco.

Trabalhando em grandes emergências os médicos ficam expostos possíveis pacientes provenientes de áreas endêmicas. O CDC determinou os pontos principais a serem avaliados nos pacientes provenientes de viagens do exterior e com suspeita de possível contaminação. Estes pontos foram organizados em um algoritmo.

Separamos abaixo a análise da admissão:

  1. Paciente proveniente de um país com evidências de transmissão de Ebola apresentando febre (> 38oC) ou sintomas compatíveis (cefaleia, fraqueza, mialgia, vômitos, diarreia, dor abominal ou hemorragia)?
    1. Principal perfil: Homem, 15 a 44 anos, com sintomas iniciado após 12 dias de contato e provenientes, principalmente, da Guiné, Libéria, Serra Leoa, Senegal e Nigéria.
  2. Caso a resposta para o Item 1. seja SIM deve-se tomar as seguintes precauções:
    1. Isolar o paciente em um quarto com banheiro privativo e porta fechada para o corredor;
    2. Implementar precaução padrão de contato e gotículas;
    3. Notificar a CCIH e a equipe médica responsável;
    4. Avaliar qualquer risco de exposição de terceiros;
    5. AVISAR IMEDIATAMENTE o Ministério da Saúde e a Anvisa.
  3. Definir o Grau de Exposição:
    • Alto risco de exposição (sempre realizar teste diagnóstico):            Contato com sangue ou fluidos corporais, de pacientes com Ebola,           através de:
      1. Acidente perfuro cortante ou contato em mucosas;
      2. Contato direto com feridas em pele;
      3. Manuseio sem os devidos EPIs;
      4. Contato direto com paciente falecido por Ebola.
  • Baixo risco (Avaliar necessidade de teste diagnóstico de acordo com a suspeita):
    1. Pessoas que mantiveram contato através de aperto de mãos, abraços ou outros contato corporais sem os devidos EPIs;
    2. Profissionais de saúde que cuidavam de pacientes com Ebola sem os devidos EPIs.
  • Risco incerto (Avaliar necessidade de teste diagnóstico de acordo com a suspeita)::
    1. Pacientes que estiveram ou moram em regiões com disseminação da doença sem serem considerados baixo e alto risco. 
www.cdc.gov
www.cdc.gov

Leia também:

Referências:

  • WHO Ebola Response Team – Ebola Virus Disease in West Africa — The First 9 Months of the Epidemic and Forward Projections – N Engl J Med 2014;371:1481-95
  • Sylvie Briand, M.D. et al. – The International Ebola Emergency – n engl j med 371;13
  • cdc.gov
  • uptodate.com
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