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O Ebola tem sido tema recorrente nas discussões de toda sociedade médica ou não. Estamos realizando uma série de análises sobre diversos pontos da doença.
Até o momento já foram reportados mais de 15.000 casos de Ebola na África, resultando em mais de 4.000 mortes. Além disso, alguns países na Europa e o Estados Unidos tiveram casos isolados de pessoas provenientes de regiões endêmicas e contatantes. Um dos principais modos de prevenir a progressão da doença é isolar apropriadamente os casos suspeitos e doentes (Leia mais a respeito na Parte II).
Nesta terceira análise iremos avaliar os principais pontos que os médicos precisam saber.
- Identificar precocemente os casos suspeitos: Determinar os pacientes suspeitos através da avaliação epidemiológica (nos últimos 21 dias) e sintomatologia:
- febre (> 38oC);
- cefaleia;
- fraqueza;
- mialgia;
- vômitos;
- diarreia;
- dor abominal;
- anorexia;
- dispneia;
- confusão;
- convulsões.
- Febre > fadiga > vômito;
- Homem, 15 a 44 anos, com sintomas iniciado após 12 dias de contato e provenientes, principalmente, da Guiné, Liberia, Serra Leoa, Senegal e Nigéria.
- Incubação: Período de incubação é de até 21 dias (média 8-10 dias);
- Gravidade dos casos: Sangramentos não estão sempre presentes nos pacientes. Quando presentes, junto com outros sintomas de gravidade, indicam maior mortalidade. Podem se apresentar como sangramentos subcutâneos ou hemorragia franca – a mortalidade atual é de aproximadamente 70%;
- Diagnóstico: O diagnóstico é confirmado através de testes que incluem ELISA, IgM ELISA, PCR e isolamento do vírus nos primeiros dias;
- Tratamento: Não existe medicamento definido para curar o paciente infectado por Ebola. O tratamento baseia-se em suporte agressivo e tratamento direcionado a infecções e complicações. Múltiplas medicações estão em teste;
- Recuperação: Em geral os pacientes levam 6 dias para recuperar-se do quadro quando curados;
- Reduzindo o risco: O uso de EPIs (incluindo N95) são fundamentais para reduzir o risco de contaminação. É necessária a descontaminação com desgermante e álcool de locais onde pacientes com Ebola estiveram em contato.
Leia também:
- Ebola (Parte I) – O medo que se espalha é real?
- Ebola (Parte II) – Avaliando o paciente na emergência
Referências:
- WHO Ebola Response Team – Ebola Virus Disease in West Africa — The First 9 Months of the Epidemic and Forward Projections – N Engl J Med 2014;371:1481-95
- Sylvie Briand, M.D. et al. – The International Ebola Emergency – n engl j med 371;13
- cdc.gov
- uptodate.com
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