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Em novo estudo da revista Anaesthesia, pesquisadores realizaram uma revisão sistemática e meta-análise para verificar se a videolaringoscopia confere vantagem quando usada por anestesiologistas experientes no manejo de pacientes com via aérea difícil.
Os autores analisaram as bases do PubMed, MEDLINE, Embase e Cochrane em busca de ensaios controlados publicados até 1º de janeiro de 2017. Os resultados extraídos dos estudos incluíram sucesso da tentativa inicial de intubação traqueal; tempo de intubação bem sucedida; número de tentativas de intubação e complicações (por exemplo, trauma na mucosa e dentes).
Nove estudos, incluindo 1.329 pacientes, preencheram os critérios de inclusão. Os profissionais tinham > 2 anos de experiência com laringoscopia direta. O sucesso da primeira tentativa foi maior para todos os anestesiologista que utilizaram videolaringoscopia (odds ratio [OR]: 0,34; IC de 95%: 0,18 a 0,66; p = 0,001).
Videolaringoscopia também foi associada a uma visão significativamente melhor da glote (Escala Cormack-Lehane 1 e 2 vs. 3 – 4; [OR]: 0,04 ; IC de 95%: 0,01 a 0,15; p <0,00001). Além disso, o trauma na mucosa ocorreu com menos frequência com o uso da videolaringoscopia ([OR]: 0,16; IC de 95%: 0,04 a 0,75; p = 0,02).
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que a videolaringoscopia tem valor agregado até mesmo para o anestesiologista mais experiente, melhorando o desfecho da intubação, a visão da glote e a redução de traumas.
Veja também: ‘2 métodos para evitar a intubação’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Pieters, B. M. A., Maas, E. H. A., Knape, J. T. A. and van Zundert, A. A. J. (2017), Videolaryngoscopy vs. direct laryngoscopy use by experienced anaesthetists in patients with known difficult airways: a systematic review and meta-analysis. Anaesthesia. doi:10.1111/anae.14057
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