A adenosina é a droga de primeira escolha para o tratamento da taquicardia supraventricular estável, caso a manobra vagal não seja eficaz. Trata-se de um nucleosídeo endógeno que atua em dois receptores, A1 e A2. A ação no receptor A1 aumenta a condução dos canais de potássio, com hiperpolarização celular nos nós AV e sinoatrial, conseqüente diminuição da automaticidade e da condução elétrica, além de deprimir a contratilidade atrial.
Administração da adenosina
Uma dica prática importante está na administração. Com meia-vida ultracurta, é necessária a infusão em bolus e muito rapidamente para conseguir o efeito terapêutico atrial. Por isso, a prática mais comum é:
- Montar um sistema de ‘’torneirinha’’ com duas vias: uma delas com adenosina e outra com bolus de salina.
- Administrar em veia antecubital rapidamente a adenosina.
- Em seguida, de modo imediato e rápido, dar um ‘’flush’’ de 20 ml de soro fisiológico;
Um estudo coreano mostrou uma outra técnica também considerada por eles eficaz: diluída para 20ml de soro fisiológico (na mesma seringa) e administrada ‘’em bolus’’.
Outra dica: a droga causa desconforto torácico, flush facial e sensação de morte iminente. É bom avisar aos pacientes que esses efeitos são esperados e transitórios.
Referência:
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