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Medicina de Emergência17 outubro 2017

A prática da pressão cricoide deve ser abandonada?

Em novo artigo da Academic Emergency Medicine, pesquisadores examinaram a relação entre a manobra e a incidência de aspiração durante a sequência rápida de intubação (SRI).

Por Vanessa Thees

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Diversos estudos já questionaram a prática da pressão cricoide durante a intubação. Em novo artigo da Academic Emergency Medicine, pesquisadores examinaram a relação entre a manobra e a incidência de aspiração durante a sequência rápida de intubação (SRI).

Nesse estudo prospectivo, pacientes com mais de 18 anos submetidos à SRI na emergência de dois hospitais na Austrália foram randomizados para receber pressão cricoide usando balanças de pesagem para atingir a faixa ideal (3.060kg – 4.075kg) ou pressão cricoide com o operador cegado.

Cinquenta e quatro intubações foram analisadas. A contaminação macroscópica da laringe foi observada em 14 pacientes (26%). Durante a indução (0 – 50 segundos), ambos os grupos atingiram a faixa ideal de pressão cricoide. Durante a intubação (51 – 223 segundos), a laringoscopia foi associada a uma redução na pressão cricoide média abaixo de 3.060 kg em ambos os grupos.

Quando comparado, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. Para 11 pacientes, a pepsina foi detectada na amostra orofaríngea, enquanto 3 testaram positivo para pepsina traqueal. Sete pacientes (4 do grupo cegado / 3 do grupo com medição) foram tratados por aspiração clínica durante a hospitalização.

Como resultado da descoberta de que nenhum dos grupos poderia manter a faixa ideal de pressão cricoide durante a laringoscopia, o experimento foi abandonado.

Leia mais: ‘Os desafios da intubação orotraqueal na emergência – a sequência rápida de intubação’

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

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